sexta-feira, 19 de março de 2010
Estava calada na rua
Enrolada em panos sujos pelo teu desprezo
Eu tinha contado as moedas para pagar por teu sexo
E riu de mim
Do meu desejo, do meu querer
E riu de mim, da minha vontade de te ter
E me humilhou
Me fiz pequena e implorei: fica aqui comigo.
Salva-me o corpo, por que a alma essa não tem conserto.
Salve me de mim, da decadência que vesti hoje cedo.
Resgata-me do meu eu por que já não tenho salvação.
Não zombe de mim, homem frio e truculento
Olhe pra mim e veja o que sou e o que posso ser.
Creia em mim. Não cuspa em meu rosto o desprezo da noite vadia.
Verta em mim o prazer que um dia tivemos.
Volte.
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