quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
domingo, 24 de outubro de 2021
ANO DE 2021 - PANDÊMIA E SUÍCIDIO
sábado, 21 de agosto de 2021
AGOSTO LILÁS - DENUNCIE 180
Mês de Agosto - Agosto LilásAutora: Priscila de Fátima Jerônimo
A violência contra as mulheres é a temática educacional do mês vigente,
nas Escolas estamos sempre buscando a primazia no ato educacional, elucidamos,
informamos e conduzimos o educando(a) ao ato de pesquisa autoral.
Em pesquisas junto ao Grupo de Mulheres que trabalham em escolas em
diversos âmbitos, percebi que o ranço da mulher que se deixa explorar por
motivos díspares são inúmeros.
Mulheres que se posicionam contra o Machismo se vêem frente à um novo
desmonte, o famoso: Cale-se!
O cálice de injúrias, de ofensas e de violências físicas que vamos
encontrando nos diversos relatos de mães, filhas, avós, tias vão se avolumando
nos contingentes e demandas de cunho educacional.
Diariamente relatos que vamos lendo nos noticiários, nas rodas de
conversas em coletivos, nos casos de dificuldade de aprendizado nos mostra que
a violência tem se tornado uma tendência ao ostracismo.
Relatos mostram que crianças desde a mais tenra infância enfrentam a violência
diária com o apoio das Unidades Educacionais.
A Escola Brasileira em âmbito público é uma entidade destinada a
estudar, a quantificar e encaminhar casos de violações de direitos humanos aos
órgãos competentes.
Nos dois últimos anos temos enfrentado dentro de Unidades Escolares a
pandemia, unindo sabedoria escolar à um contigente de apoio da área de Saúde,
profissionais que se tornaram parceiro para que o enfrentamento da doença não
nos ceife.
EMEF GENERAL OSÓRIO
NOME:
MARINA DE SOUSA BRAGA
SÉRIE: 9º ANO B - DATA: 25/08/2021
Disciplina:
Artes – Profª Priscila Jerônimo
AGOSTO
LILÁS – TRABALHO REFLEXIVO
Para você
o que é violência contra as mulheres?
Resposta: Para mim a violência
contra as mulheres é quando elas são agredidas pelo marido. Algumas não tem
coragem de denunciar por medo e fica sendo agredida por bastante tempo. Tem
homens que bate e depois volta falando que se “arrependeu” e quando a mulher
acredita, ele faz de novo, alguns homens
não deixam a mulher nem sair de casa, para não contar as agressões, ou as
deixam sem celular. Na maioria das vezes acontecem até chantagem e ameaças caso
a mulher conte e por muitas vezes a mulher esconde as hematomas por medo do
homem fazer algo pior. Muitas mulheres que sofrem esses tipos de agressão
começam a ter problemas psicológicos, como: depressão, crise de ansiedade,
síndrome do pânico, insônia, entre outros... e algumas mulheres não conseguem
sair disso.
SÉRIE:
9º ANO B - DATA: 25/08/2021
Disciplina:
Artes – Profª Priscila Jerônimo
AGOSTO
LILÁS – TRABALHO REFLEXIVO
Para você
o que é violência contra as mulheres?
Resposta: Violência contra a
mulher é qualquer tipo de violência, seja ela física, verbal ou psicológica.
Quase sempre vemos no jornal, casos de violência doméstica ou em
relacionamentos e ex-relacionamentos mas a maior parte dos casos sempre são
contra as mulheres.
Três a cada cinco pessoas já
relataram presenciar algum tipo de violência doméstica, seja em casa, com
parentes ou entre vizinhos. Por isso ao presenciar casos de violência ligue no
Disque Denúncia: 180.
NOME:
RAYSSA RANIELLY SILVA SANTOS
SÉRIE:
9º ANO B - DATA: 25/08/2021
Disciplina:
Artes – Profª Priscila Jerônimo
AGOSTO
LILÁS – TRABALHO REFLEXIVO
Para você
o que é violência contra as mulheres?
Resposta: É quando o marido
começa a bater na esposa, por causa que ela não consegue fazer as coisas que o
marido pede direito e ele quer do jeito dele, na hora dele. Eles também ameaçam, a não
falar pra ninguém, nem pra família.
Elas podem contar o que está
passando dentro de casa e assim mesmo se contar já sabe o que acontece. Tem
várias mulheres que conseguem ligar para a polícia, só que elas fingem que
estão pedindo “lanche”, só que é um pedido de socorro, uma forma de ajuda.
NOME: THAYLA ISABELLY VIEIRA RODRIGUES
SÉRIE:
9º ANO B - DATA: 25/08/2021
Disciplina:
Artes – Profª Priscila Jerônimo
AGOSTO
LILÁS – TRABALHO REFLEXIVO
Para você
o que é violência contra as mulheres?
Resposta: Violência contra as
mulheres é quando um homem agride uma mulher de uma má forma.
Por exemplo: dar soco, chute,
tapa e etc.
Os homens agridem tanto as
mulheres, que tem mulheres que ficam com medo de denunciar por causa das
ameaças de morte.
quarta-feira, 9 de junho de 2021
AS DIFICULDADES DO ROMANCE EM TEMPOS DE PANDEMIA
As
dificuldades do romance em tempos de Pandemia
Autora:
Priscila de Fátima Jerônimo
Essa semana ao beijar meu
namorado com uma máscara no rosto, tive a sensação triste e ao mesmo tempo
risonha do amor que devemos nutrir dentro de nossa vida cotidiana.
Andar de mãos dadas na rua, olhar
nos olhos, jantar e comungar de um princípio de amor em tempos de ódio, me
fizeram acreditar que é possível exercer o amor mesmo diante das inúmeras faces
cobertas por panos.
Não poder abraçar, não poder
encontrar, não poder dizer presencialmente me dizem por dois anos o quão
afetuosos somos.
Um país que é o afago em forma de
humanidade, que se faz de carinho no riso, no samba, no afeto dos tambores que
entrelaçados de fé se auto proclamam como um grito: Liberdade.
Libertem nossas almas de tanta
carência, libertem nosso choro diante da impotência de não poder velar os
nossos negros mortos no dia a dia dos genocidas.
Libertem nossos urros de ódio
frente ao desmando, frente a fome, libertem Mandela que mora em alguma alma
negra, nativa, dessas mentes jovens que cantam em saraus, que declamam como
“loucos” em periferia dispares.
Libertem o nosso maior sonho:
Voltar nossos batuques, voltar nossos atabaques, nossas festas de Umbigada,
nossas rodas de Capoeira, nossas Rodas de Fogueira ao pé de nossos Ilês.
Por um ano em que nossas Mães
(Yalôs) possam novamente se paramentar e sair de cabeça erguida com seus filhos
no colo, amamentando um futuro quiçá distante mas alimentado no fogo do que Exú
é.
O ano de 2021 é regido pelo Trono
da Fé, que na Umbanda é definido como Oxalá e Logunan, A fé que norteia a busca
pelo conhecimento é a mesma energia que o atemporal executa.
Neste ano a busca deve primar por
manter-se fiel ao princípios do que nossos Deuses ditam, somos seres que buscam
a comunhão com a Energia do Sagrado, vivemos em tempos sombrio onde o pior do
humano se manifesta na intolerância, na discórdia e principalmente no manchar
do sangue dos nossos negros e indígenas.
Se pautarmos nossa existência
pela propagação do ódio e mantivermos nosso campo mental focado nessa
dissonante nota, não chegaremos ao término deste tempo pandêmico vivos.
Seremos somente corpos vazios,
desprovidos do que Oxalá nos ensina: Concórdia, paz e acima de tudo respeito.
O respeito as nossas guias, as
nossas tradições e que esse tempo de nos limitar na ação de nossos terreiros
seja somente um momento de reflexão de novas formas para vivermos condignamente
nossa religião: Umbanda e Candomblé.
quarta-feira, 2 de junho de 2021
O amor e os boletos
Os risos cheios de
cumplicidade são mascarados pelo desejo de um latente relacionamento carnal, o
que dantes era uma paixão, transforma-se em recompensas diárias na espera por um sexo
que satisfaça o ego em riste.
O corpo da fêmea fica
na dependência química da testosterona no corpo do macho-alfa que a blinda
diariamente com afagos e melindres do típico casamento “pseudo” moderninho.
O estado que elenca o
relacionar-se como uma fábrica de afetos conquistados mediante a troca.
A cumplicidade gira em torno do sexo com ou sem sentido, o casamento como
empresa é algo lucrativo.
A fêmea-esposa provém
o andamento do lar como gestão da economia doméstica, assume o papel de “a
Patroa”, ironicamente o macho-Pilantra se auto-intitula de “ Corno-Sentimental”,
as risadas no canto murcho da boca se contraem com os papéis chamado de : “Boleto”.
Segue o colóquio do
Casal Afetinho
Ele: - Patroa, o rango
ta pronto?
Ela: - Não,
inergumeno.
Ele: Oxe, tá de Chico é
?
Ela: Não, jumento, to de
mau humor, pega o telefone e pede: I FODA.
O homem machucadinho
se vê as voltas com vários “folder´s” de comida delivery e olha em volta de sua
casa, roupas espalhadas, casa desarrumada, a esposa trancada no quarto trabalhando
e o belo exemplar de homem ali diante do que é a realidade de um casamento ou
uma simples empresa onde o sexo não é mais com sentido, é com taxas e juros.
Ali quotas de amor...
A vida como ela é...
Nelson, Nelson.
Autora: Priscila de
Fátima Jerônimo
terça-feira, 25 de maio de 2021
segunda-feira, 26 de abril de 2021
AS ESCADARIAS DE MARIELLE FRANCO.
terça-feira, 16 de março de 2021
AULA SOBRE POESIA MARGINAL - POW LITERA RUA
segunda-feira, 15 de março de 2021
BUGADOS NO GLICÉRIO
terça-feira, 9 de março de 2021
O CAMINHO DO AMOR
O Caminho do Amor...
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
2021 MOTIVOS PARA PENSAR O FEMININO
O tempo vai se perder
entre as suas dúvidas e as mais doidivanas certezas, não ter respostas para
perguntas simples me faz não verbalizar o que penso .
Refletir sobre o que penso
e sinto é um ato contínuo de existência, um gotejar de sinapses que se
distorcem entre sentir, equacionar e raciocinar sobre todo esse contingente de
situações.
Entender-se é um ato de
pertencer, se penso no que crio, no que vou professando como premissa de vida,
exerço o direito de ser uma mulher questionadora.
A mesmice dos dias, das
relações, das inúmeras maneiras que as mulheres são vistas dentro dos contextos
sócio econômicos me faz de tristes constatações.
O capital que é gerado por
um corpo feminino, nascido feminino, com as aspirações de uma maternidade, de
um tempo em que não havia a espera por outra situação que não fosse: azul ou
rosa.
No ano de 2021 as formas
humanas que se expressam no mundo primam por realização, por satisfação do
prazer, das necessidades que satisfaçam o ego.
Sexo frágil, sexo
infantilizado, corpo feminino reduzido ao machismo, ao corpo que tomba frente o
cansaço da luta por direitos conquistados mas ainda questionados.
Revolução feminina é
balela de se ler, entre solavancos de dor, de descaso, de violências diárias,
dessas miúdas que vamos nos acostumando a ouvir, a silenciar e em muitos
momentos acabamos por achar normal, é a vida, somos mulheres.
Servilismo, submissão,
posturas indignas de tantas mentes femininas que se posicionam diariamente como
trabalhadoras, como senhoras de um tempo chamado dinheiro.
Recebemos esmola, ganhamos
recompensas desde a infância, nos enfraquecem reduzindo nossos corpos a meros
objetos de distração, de beleza, de ter que...
Temos o quê?
Temos que fazer?
Temos que agradar?
Temos que ser?
A tua obrigação é a de
agradecer por ser mulher, sofrer com dores de cólica, ter que se fantasiar como
uma coquete, ter que ser bonita, atraente, sedutora, arrumada, cheirosa,
amante, doce, prestativa e no final do dia ainda : agradecer.
Sirva. Seja. Peça.
Obedeça.
Assim você será feliz.
Será?
Autora: Priscila de Fátima
Jerônimo
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
CALE-SE DIANTE DO CAOS.
São Paulo, 08 de Fevereiro de 2021.
O SILÊNCIO ENTRE AS PAREDES DE UM TEMPLO
Autora Priscila de Fatima Jeronimo
Os lamentos que Preto Velho evoca, com sua dança festeira, seu cachimbo cheio de contos, de alegria e sabedoria, nos toca como o som que as mãos tão calejadas por um tempo de lágrimas vai se desaguando em uma cachoeira de amor.
O tempo da despedida, entre escombros de muitos tijolos, entre marretadas, os sonhos vão se descortinando entre risadas, cânticos, preces, velas, o fechamento de um Templo, de um Terreiro, de uma Casa Kardecista, tem me mostrado o quão desigual é esse mundo.
Em uma praça próximo ao bairro onde moro, sempre encontro estátuas que vão sendo entregues ao tempo, vejo Santos, imagens, terços, restos de uma fé que ao ser abordada pelo aspecto financeiro foi sendo o sabor amargo do despejo.
Em cada fim de história há um desfecho que em muitas visões são o fruto da contemporaniedade, o mercantilismo que onera os bolsos do adepto da Umbanda e do Candomblé, reduz a senzala a pobreza, ao povo de Santo cabe sempre o quarto de despejo que Maria Carolina de Jesus já dizia em seu diário.
A vela que hoje é desprezada, no passado foi o motivo e a causa de muitas curas, o cachimbo que hoje é razão de repreensão já foi benção nas mãos de uma Negra Nagô, o marafo tantas vezes chamado de alcolismo já embriagou e levou demandas de corpos que acreditaram e por este motivo sabem o valor deste elemento.
O valor monetário é um dos fatores que sempre é elencado como motivo de ironia entre os adeptos da Umbanda e do Candomblé, em nossa religião, sempre temos esse ranço - a obrigação de servir e ainda se mostrar grato por esta "oportunidade", a senzala se mostra neste termos que essa Sociedade branca vai moldando os motivos de tanta ironia.
Quando Cristo esteve neste Planeta, em suas falas que se tornaram motivo de fomentação de um novo olhar, o humano encarava aquele ser, como um desordeiro que vivia ébrio e andava com alguns pescadores pobres e cheio de ignorância, entre a desigualdade de valores que os Comerciantes ostentavam, os miseravéis lambiam a fome de uma Ave que não fosse romana.
As portas se fecham em um claro movimento de repressão em que tudo o que for gerado como um movimento de preservação de uma cultura gerada por anos de resistência, por um legado em que os tambores sejam motivo de festa e de alegria, entre o rasgar do tambor, o silenciar da música, o calar das Mães de Santo se faz de lamento.
Em um movimento de buscar novas formas de manter acessa a fé, a Umbanda e o Candomblé começaram a encontrar maneiras mais tecnologicas para prosseguir diante dos novos ditames desse ano de 2020.2021.
Em cada Axé que o capital foi fechando, finalizando, modificando, em um tempo espaço de afeto e memória desestruturando todo a comunidade do entorno, onde havia um espaço de busca espiritual, de formação política, de formação feminista, restou um vácuo, um vazio.
A Deusa do silêncio se faz de um grito emudecido, uma mordaça que a sociedade foi tecendo em torno do Sagrado, uma venda colocada de propósito enaltecendo o patriarcal como estrutura de um cifrão qualquer.
Venderam nossos tambores e não nos pagaram, nos deram o calote no cale-se quem puder.
Brasil.