CIA AVALON

domingo, 24 de outubro de 2021

ANO DE 2021 - PANDÊMIA E SUÍCIDIO




As temáticas que envolvem causas sociais são sempre um bom motivo para levar um tema às salas de aula.

Ano de 2021 em tempos de violência, uma doença mundial ainda nos assombra, nos intimida e nos limita em termos reais, estamos isolados do contato físico de outrora, já não temos mais a mesma liberdade de dois anos atrás.

Aulas no ano de 2021 se resume entre: presenciais e remotas (virtuais).

O trabalho do docente de Escola Pública no Brasil passa por uma nova formatação dentro do eixo tecnológico.

A forma com o qual estávamos acostumados a lidar com o ensino-aprendizagem em tempos atuais tem se transformado em um novo olhar à cerca da importância da presença física do velho educador(a).

A moralidade que impera o País é um ranço antigo, uma sociedade amoral pregando valores baseados em uma postura de militarização ao custeio do trabalhador.

Cortaram os acessos à festas, bailes, carnavais, sambas e trancaram o Capital nas veias inchadas de vacinas.

Nos Vacinaram e nos Vaticinaram, calabouços de experimento de um Governo que nos testa a paciência, a tolerância, a capacidade de se expressar diante de tantas incongruências, ouço os clamores do povo que em estado de miséria já vivia, as máscaras que se vendem por cinco reais cada não dá o devido respeito ao Vírus.

Afinal de contas esse Vírus agiu de uma forma certeira, atingiu a Meta: CÊ - PENSOU - FIO (A) ? Cancelaram sua Bolsa Preguiça ? Cancelaram sua Bolsa Favela ? Cancelaram seus direitos ?

Que estranho Brasileiro(a) nas eleições os Feirantes gritavam extasiados: Olha a Bolsa do Jair! Viva o Jair Post Pauros.

E eu, tomando minha cafeína estava e meu Pastel de Bacalhau até chorava e eu : Estupefata. Gritei também: Aos Porcos, Tudo!

E rezava a Lenda que a Revolução era dos Bichos, equivocados estavam, a Revolução foi do Pífe e do Pafe, nessa leva foi Maos - Tsá-Tsung - Era suco de tang.

Tome ironia.
Pensemos.


Autora: Priscila de Fátima Jerônimo


 

sábado, 21 de agosto de 2021

AGOSTO LILÁS - DENUNCIE 180

 







Mês de Agosto - Agosto Lilás
Autora: Priscila de Fátima Jerônimo



A violência contra as mulheres é a temática educacional do mês vigente, nas Escolas estamos sempre buscando a primazia no ato educacional, elucidamos, informamos e conduzimos o educando(a) ao ato de pesquisa autoral.

Em pesquisas junto ao Grupo de Mulheres que trabalham em escolas em diversos âmbitos, percebi que o ranço da mulher que se deixa explorar por motivos díspares são inúmeros.

Mulheres que se posicionam contra o Machismo se vêem frente à um novo desmonte, o famoso: Cale-se!

O cálice de injúrias, de ofensas e de violências físicas que vamos encontrando nos diversos relatos de mães, filhas, avós, tias vão se avolumando nos contingentes e demandas de cunho educacional.

Diariamente relatos que vamos lendo nos noticiários, nas rodas de conversas em coletivos, nos casos de dificuldade de aprendizado nos mostra que a violência tem se tornado uma tendência ao ostracismo.

Relatos mostram que crianças desde a mais tenra infância enfrentam a violência diária com o apoio das Unidades Educacionais.

A Escola Brasileira em âmbito público é uma entidade destinada a estudar, a quantificar e encaminhar casos de violações de direitos humanos aos órgãos competentes.

Nos dois últimos anos temos enfrentado dentro de Unidades Escolares a pandemia, unindo sabedoria escolar à um contigente de apoio da área de Saúde, profissionais que se tornaram parceiro para que o enfrentamento da doença não nos ceife.




EMEF GENERAL OSÓRIO

NOME: MARINA DE SOUSA BRAGA

SÉRIE: 9º ANO B - DATA: 25/08/2021

Disciplina: Artes – Profª Priscila Jerônimo

 

AGOSTO LILÁS – TRABALHO REFLEXIVO

 

Para você o que é violência contra as mulheres?

Resposta: Para mim a violência contra as mulheres é quando elas são agredidas pelo marido. Algumas não tem coragem de denunciar por medo e fica sendo agredida por bastante tempo. Tem homens que bate e depois volta falando que se “arrependeu” e quando a mulher acredita,  ele faz de novo, alguns homens não deixam a mulher nem sair de casa, para não contar as agressões, ou as deixam sem celular. Na maioria das vezes acontecem até chantagem e ameaças caso a mulher conte e por muitas vezes a mulher esconde as hematomas por medo do homem fazer algo pior. Muitas mulheres que sofrem esses tipos de agressão começam a ter problemas psicológicos, como: depressão, crise de ansiedade, síndrome do pânico, insônia, entre outros... e algumas mulheres não conseguem sair disso.

 


 NOME: KAUÃ DE SOUSA LIMA

SÉRIE: 9º ANO B - DATA: 25/08/2021

Disciplina: Artes – Profª Priscila Jerônimo

 

AGOSTO LILÁS – TRABALHO REFLEXIVO

 

Para você o que é violência contra as mulheres?

Resposta: Violência contra a mulher é qualquer tipo de violência, seja ela física, verbal ou psicológica. Quase sempre vemos no jornal, casos de violência doméstica ou em relacionamentos e ex-relacionamentos mas a maior parte dos casos sempre são contra as mulheres.

Três a cada cinco pessoas já relataram presenciar algum tipo de violência doméstica, seja em casa, com parentes ou entre vizinhos. Por isso ao presenciar casos de violência ligue no Disque Denúncia: 180.

 


NOME: RAYSSA RANIELLY SILVA SANTOS

SÉRIE: 9º ANO B - DATA: 25/08/2021

Disciplina: Artes – Profª Priscila Jerônimo

 

AGOSTO LILÁS – TRABALHO REFLEXIVO

 

Para você o que é violência contra as mulheres?

Resposta: É quando o marido começa a bater na esposa, por causa que ela não consegue fazer as coisas que o marido pede direito e ele quer do jeito dele, na hora dele. Eles também ameaçam,   a não falar pra ninguém, nem pra família.

Elas podem contar o que está passando dentro de casa e assim mesmo se contar já sabe o que acontece. Tem várias mulheres que conseguem ligar para a polícia, só que elas fingem que estão pedindo “lanche”, só que é um pedido de socorro, uma forma de ajuda.



 NOME: THAYLA ISABELLY VIEIRA RODRIGUES

SÉRIE: 9º ANO B - DATA: 25/08/2021

Disciplina: Artes – Profª Priscila Jerônimo

 

AGOSTO LILÁS – TRABALHO REFLEXIVO

 

Para você o que é violência contra as mulheres?

Resposta: Violência contra as mulheres é quando um homem agride uma mulher de uma má forma.

Por exemplo: dar soco, chute, tapa e etc.

Os homens agridem tanto as mulheres, que tem mulheres que ficam com medo de denunciar por causa das ameaças de morte.

 


 

quarta-feira, 9 de junho de 2021

AS DIFICULDADES DO ROMANCE EM TEMPOS DE PANDEMIA

 


 

As dificuldades do romance em tempos de Pandemia

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

Essa semana ao beijar meu namorado com uma máscara no rosto, tive a sensação triste e ao mesmo tempo risonha do amor que devemos nutrir dentro de nossa vida cotidiana.

Andar de mãos dadas na rua, olhar nos olhos, jantar e comungar de um princípio de amor em tempos de ódio, me fizeram acreditar que é possível exercer o amor mesmo diante das inúmeras faces cobertas por panos.

Não poder abraçar, não poder encontrar, não poder dizer presencialmente me dizem por dois anos o quão afetuosos somos.

Um país que é o afago em forma de humanidade, que se faz de carinho no riso, no samba, no afeto dos tambores que entrelaçados de fé se auto proclamam como um grito: Liberdade.

Libertem nossas almas de tanta carência, libertem nosso choro diante da impotência de não poder velar os nossos negros mortos no dia a dia dos genocidas.

Libertem nossos urros de ódio frente ao desmando, frente a fome, libertem Mandela que mora em alguma alma negra, nativa, dessas mentes jovens que cantam em saraus, que declamam como “loucos” em periferia dispares.

Libertem o nosso maior sonho: Voltar nossos batuques, voltar nossos atabaques, nossas festas de Umbigada, nossas rodas de Capoeira, nossas Rodas de Fogueira ao pé de nossos Ilês.

Por um ano em que nossas Mães (Yalôs) possam novamente se paramentar e sair de cabeça erguida com seus filhos no colo, amamentando um futuro quiçá distante mas alimentado no fogo do que Exú é.

O ano de 2021 é regido pelo Trono da Fé, que na Umbanda é definido como Oxalá e Logunan, A fé que norteia a busca pelo conhecimento é a mesma energia que o atemporal executa.

Neste ano a busca deve primar por manter-se fiel ao princípios do que nossos Deuses ditam, somos seres que buscam a comunhão com a Energia do Sagrado, vivemos em tempos sombrio onde o pior do humano se manifesta na intolerância, na discórdia e principalmente no manchar do sangue dos nossos negros e indígenas.

Se pautarmos nossa existência pela propagação do ódio e mantivermos nosso campo mental focado nessa dissonante nota, não chegaremos ao término deste tempo pandêmico vivos.

Seremos somente corpos vazios, desprovidos do que Oxalá nos ensina: Concórdia, paz e acima de tudo respeito.

O respeito as nossas guias, as nossas tradições e que esse tempo de nos limitar na ação de nossos terreiros seja somente um momento de reflexão de novas formas para vivermos condignamente nossa religião: Umbanda e Candomblé.

 

quarta-feira, 2 de junho de 2021

O amor e os boletos

 




Quando o amor romântico atinge o pico da ideologia, o homem e a mulher se comprazem com relacionamentos dourados de falsa impressão de felicidade.

Os risos cheios de cumplicidade são mascarados pelo desejo de um latente relacionamento carnal, o que dantes era uma paixão, transforma-se  em recompensas diárias na espera por um sexo que satisfaça o ego em riste.

O corpo da fêmea fica na dependência química da testosterona no corpo do macho-alfa que a blinda diariamente com afagos e melindres do típico casamento “pseudo” moderninho.

O estado que elenca o relacionar-se como uma fábrica de afetos conquistados mediante a troca.
A cumplicidade gira em torno do sexo com ou sem sentido, o casamento como empresa é algo lucrativo.

A fêmea-esposa provém o andamento do lar como gestão da economia doméstica, assume o papel de “a Patroa”, ironicamente o macho-Pilantra se auto-intitula de “ Corno-Sentimental”, as risadas no canto murcho da boca se contraem com os papéis chamado de : “Boleto”.

Segue o colóquio do Casal Afetinho

Ele: - Patroa, o rango ta pronto?

Ela: - Não, inergumeno.

Ele: Oxe, tá de Chico é ?

Ela: Não, jumento, to de mau humor, pega o telefone e pede: I FODA.

O homem machucadinho se vê as voltas com vários “folder´s” de comida delivery e olha em volta de sua casa, roupas espalhadas, casa desarrumada, a esposa trancada no quarto trabalhando e o belo exemplar de homem ali diante do que é a realidade de um casamento ou uma simples empresa onde o sexo não é mais com sentido, é com taxas e juros.

Ali quotas de amor...

A vida como ela é... Nelson, Nelson.

 

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

 

 

 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

AS ESCADARIAS DE MARIELLE FRANCO.


 


Projeto Grafite: As Escadarias de Marielle Franco.
Num ano como este, 2021 motivos para homenagear mulheres grandiosas, mulheres que nos trazem em sua experiência de vida, como agentes transformadoras de uma existência, mulheres guerreiras que não se permitiram abaixar seu Ori e ergueram o punho em defesa de muitos, em defesa de todos.
A pergunta não se calará jamais: " Quem Matou Marielle Franco? "
Registro da Rua Cardeal Arco-Verde - Cidade de São Paulo - Estado de SP - Brasil.
Imagens captadas por mim:
Priscila Jeronimo

CORPORALIDADE E CORPOREIDADE


 

ESCRITA E ARTE


 

terça-feira, 16 de março de 2021

segunda-feira, 15 de março de 2021

BUGADOS NO GLICÉRIO

 




Curta Metragem dirigido por Marco Ribeiro e Rose Almeida.
Brasil. São Paulo. 2018 Um grupo de adolescentes do Baixo Glicério povoam encontros com histórias de suas vidas pelo bairro. Os muros grafitados, espigões que não param de subir, casas antigas coloridas, becos e escadas são o pano de fundo de um cotidiano recheado de dramas: racismo, preconceitos, não aceitação de diversidades e de festa. E eles vão fazer a festa do ano, a festa que levarão para o resto de suas vidas...


terça-feira, 9 de março de 2021

O CAMINHO DO AMOR

 O Caminho do Amor...

O ventre que pariu a essência mítica do que eu sou, não compactua com a violência, com o descaso social, não violento almas, corpos e muito menos vivifico a maldade.
Em vida plantei sementes, em morte edifiquei pessoas, sou verdadeiramente um Guia de Luz, evangelizo sempre as almas que no pretérito por inúmeras circunstâncias levei as raias da loucura.
Em vida fui um artista, na erraticidade procurei reparar meus erros perante a humanidade.
Assim como todo Espírito de Luz, hoje busco o resgate cármico com as almas daqueles velhos do antigo teatro, educo meus pupilos de uma maneira sutil, leve e doce.
Nunca em hipótese nenhuma ergo minha mão ou desfiro um golpe mortal em um inimigo, mas em verdade sou realmente aquele que no passado viveu em Tavernas, com prostitutas e ladrões, roguei pragas nos antigos reis, ri muito daqueles bandidos do Governo, fiz inúmeros inimigos no decorrer das eras, se posso educar hoje em suma sou isto: Um Educador.
Ensino à todos aqueles que de minha Egregora se aproximam à buscar-se em Espírito e Em verdade, admiro os estudantes que buscam na Arte a essência Primeva de que tanto falo em meus livros.
Amo os estudantes que se apaixonam pelo saber e que nessa busca infinita, se comprazem com os estudos e dele fazem morada.
Admiro a Juventude Transviada, a loucura e o frenesi, que a poesia, que o lirismo e a pratica da Oração propiciam.
Busquem-se sempre, pratiquem esporte, lutem, orem, meditem e acima de tudo valorizem o próprio corpo.
O Corpo que se faz de instrumento de aprendizado, de cura e acima de tudo de corpo-história, corpo-memória, corpo-afetivo e corpo-transpessoal que em suma é a Busca.
Conheça-te a ti mesmo e nessa busca interminável aceitem-se como alma encarnada que se faz de luz e graça.
Bençãos sobre a Humanidade.
O Conde.
09/03/2020
Horário: 00:02

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

2021 MOTIVOS PARA PENSAR O FEMININO

 


O tempo vai se perder entre as suas dúvidas e as mais doidivanas certezas, não ter respostas para perguntas simples me faz não verbalizar o que penso .

Refletir sobre o que penso e sinto é um ato contínuo de existência, um gotejar de sinapses que se distorcem entre sentir, equacionar e raciocinar sobre todo esse contingente de situações.

Entender-se é um ato de pertencer, se penso no que crio, no que vou professando como premissa de vida, exerço o direito de ser uma mulher questionadora.

A mesmice dos dias, das relações, das inúmeras maneiras que as mulheres são vistas dentro dos contextos sócio econômicos me faz de tristes constatações.

O capital que é gerado por um corpo feminino, nascido feminino, com as aspirações de uma maternidade, de um tempo em que não havia a espera por outra situação que não fosse: azul ou rosa.

No ano de 2021 as formas humanas que se expressam no mundo primam por realização, por satisfação do prazer, das necessidades que satisfaçam o ego.

Sexo frágil, sexo infantilizado, corpo feminino reduzido ao machismo, ao corpo que tomba frente o cansaço da luta por direitos conquistados mas ainda questionados.

Revolução feminina é balela de se ler, entre solavancos de dor, de descaso, de violências diárias, dessas miúdas que vamos nos acostumando a ouvir, a silenciar e em muitos momentos acabamos por achar normal, é a vida, somos mulheres.

Servilismo, submissão, posturas indignas de tantas mentes femininas que se posicionam diariamente como trabalhadoras, como senhoras de um tempo chamado dinheiro.

Recebemos esmola, ganhamos recompensas desde a infância, nos enfraquecem reduzindo nossos corpos a meros objetos de distração, de beleza, de ter que...

Temos o quê?

Temos que fazer?

Temos que agradar?

Temos que ser?

A tua obrigação é a de agradecer por ser mulher, sofrer com dores de cólica, ter que se fantasiar como uma coquete, ter que ser bonita, atraente, sedutora, arrumada, cheirosa, amante, doce, prestativa e no final do dia ainda : agradecer.

Sirva. Seja. Peça. Obedeça.

Assim você será feliz. Será?

 

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

 

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

CALE-SE DIANTE DO CAOS.

 



São Paulo, 08 de Fevereiro de 2021.


O SILÊNCIO ENTRE AS PAREDES DE UM TEMPLO


Autora Priscila de Fatima Jeronimo

Os lamentos que Preto Velho evoca, com sua dança festeira, seu cachimbo cheio de contos, de alegria e sabedoria, nos toca como o som que as mãos tão calejadas por um tempo de lágrimas vai se desaguando em uma cachoeira de amor.

O tempo da despedida, entre escombros de muitos tijolos, entre marretadas, os sonhos vão se descortinando entre risadas, cânticos, preces, velas, o fechamento de um Templo, de um Terreiro, de uma Casa Kardecista, tem me mostrado o quão desigual é esse mundo.

Em uma praça próximo ao bairro onde moro, sempre encontro estátuas que vão sendo entregues ao tempo, vejo Santos, imagens, terços, restos de uma fé que ao ser abordada pelo aspecto financeiro foi sendo o sabor amargo do despejo.

Em cada fim de história há um desfecho que em muitas visões são o fruto da contemporaniedade, o mercantilismo que onera os bolsos do adepto da Umbanda e do Candomblé, reduz a senzala a pobreza, ao povo de Santo cabe sempre o quarto de despejo que Maria Carolina de Jesus já dizia em seu diário.

A vela que hoje é desprezada, no passado foi o motivo e a causa de muitas curas, o cachimbo que hoje é razão de repreensão já foi benção nas mãos de uma Negra Nagô, o marafo tantas vezes chamado de alcolismo já embriagou e levou demandas de corpos que acreditaram e por este motivo sabem o valor deste elemento.

O valor monetário é um dos fatores que sempre é elencado como motivo de ironia entre os adeptos da Umbanda e do Candomblé, em nossa religião, sempre temos esse ranço - a obrigação de servir e ainda se mostrar grato por esta "oportunidade", a senzala se mostra neste termos que essa Sociedade branca vai moldando os motivos de tanta ironia.

Quando Cristo esteve  neste Planeta, em suas falas que se tornaram motivo de fomentação de um novo olhar, o humano encarava aquele ser, como um desordeiro que vivia ébrio e andava com alguns pescadores pobres e cheio de ignorância, entre a desigualdade de valores que os Comerciantes ostentavam, os miseravéis lambiam a fome de uma Ave que não fosse romana.

As portas se fecham em um claro movimento de repressão em que tudo o que for gerado como um movimento de preservação de uma cultura gerada por anos de resistência, por um legado em que os tambores sejam motivo de festa e de alegria, entre o rasgar do tambor, o silenciar da música, o calar das Mães de Santo se faz de lamento.

Em um movimento de buscar novas formas de manter acessa a fé, a Umbanda e o Candomblé começaram a encontrar maneiras mais tecnologicas para prosseguir diante dos novos ditames desse ano de 2020.2021.

Em cada Axé que o capital foi fechando, finalizando, modificando, em um tempo espaço de afeto e memória desestruturando todo a comunidade do entorno, onde havia um espaço de busca espiritual, de formação política, de formação feminista, restou um vácuo, um vazio.

A Deusa do silêncio se faz de um grito emudecido, uma mordaça que a sociedade foi tecendo em torno do Sagrado, uma venda colocada de propósito enaltecendo o patriarcal como estrutura de um cifrão qualquer.

Venderam nossos tambores e não nos pagaram, nos deram o calote no cale-se quem puder.

Brasil.