CIA AVALON

sábado, 24 de agosto de 2019

OS SETES SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO

O livro Os sete Saberes Necessários à Educação do Futuro é fruto de um relatório sobre a sistematização de um conjunto de reflexões que servissem como ponto de partida para se repensar a educação do século XXI que em 1999 a UNESCO solicitou ao filósofo Edgar Morin, um dos principais expoentes da cultura francesa no século XX e dos maiores pensadores da atualidade. Sete pontos de discussão compõem o livro. São, segundo Morin, os sete saberes indispensáveis à educação do futuro: 1) As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; 2) Os princípios do conhecimento pertinente; 3) Ensinar a condição humana; 4) Ensinar a identidade terrena; 5) Enfrentar as incertezas; 6) Ensinar a compreensão; 7) A ética do gênero humano. I - As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão: Morin reconhece que é impressionante que a educação que visa a transmitir conhecimentos seja cega ao que é conhecimento humano, seus dispositivos, enfermidades, dificuldades, tendências ao erro e à ilusão e não se preocupe em fazer conhecer o que é conhecer. O desenvolvimento do conhecimento científico é poderoso meio de detecção de erros e de luta contra as ilusões. Entretanto, os paradigmas que controlam a ciência podem desenvolver ilusões, e nenhuma teoria científica está imune para sempre contra o erro. Além disso, o conhecimento científico não pode tratar sozinho dos problemas epistemológicos, filosóficos e éticos. A educação deve se dedicar, por conseguinte, à identificação da origem de erros, ilusões e cegueiras. II - Os princípios do conhecimento pertinente: Para Morin, existe um problema capital, sempre ignorado, que é o da necessidade de promover o conhecimento capaz de aprender problemas globais e fundamentais para neles inserir os conhecimentos parciais e locais. A supremacia do conhecimento fragmentado de acordo com as disciplinas impede freqüentemente de operar o vínculo entre as partes e a totalidade, e deve ser substituída por um modo de conhecimento capaz de apreender os objetos em seu contexto, sua complexidade, seu conjunto. É necessário desenvolver a aptidão natural do espírito humano para situar todas essas informações em um contexto e um conjunto. É preciso ensinar os métodos que permitam estabelecer as relações mútuas e as influências recíprocas entre as partes e o todo em um mundo complexo. III - Ensinar a condição humana: O ser humano é a um só tempo, físico, biológico, psíquico, cultural, social, histórico. Esta unidade complexa na natureza humana é totalmente desintegrada na educação por meio das disciplinas, tendo-se tornado impossível aprender o que significa ser humano. É preciso restaurá-la, de modo que cada um, onde quer que se encontre, tome conhecimento e consciência, ao mesmo tempo, de sua identidade complexa e de sua identidade comum a todos os outros humanos. A condição humana deverá ser o objeto essencial de todo o ensino. A educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, centrado na condição humana. Conhecer o humano é, antes de mais nada, situá-lo no universo, e não separa-lo dele. IV - Ensinar a identidade terrena: O destino planetário do gênero humano é outra realidade até agora ignorada pela educação. O conhecimento dos desenvolvimentos da era planetária , que tendem a crescer no século XXI, e o reconhecimento da identidade terrena, que se tornará cada vez mais indispensável a cada um e a todos, devem converter-se em um dos principais objetos da educação. V-Enfrentar as incertezas: As ciências permitiram que adquiríssemos muitas certezas, mas igualmente revelaram, ao longo do século XX, inúmeras zonas de incerteza. A educação deveria incluir o ensino das incertezas que surgiram nas ciências físicas (microfísica, termodinâmica, cosmologia), nas ciências da evolução biológica e nas ciências históricas. Será preciso ensinar princípios de estratégia que permitiriam enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu desenvolvimento em virtude das informações adquiridas ao longo do tempo. É preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélagos de certeza, pois, vivemos o fim das certezas, de verdades transitórias. VI - Ensinar a compreensão: A compreensão é a um só tempo meio e fim da comunicação humana. Entretanto, a educação para a compreensão está ausente no ensino. O planeta necessita, em todos os sentidos, de compreensão mútua. Considerando a importância da educação para a compreensão, em todos os níveis educativos e em todas as idades, o desenvolvimento da compreensão pede a reforma das mentalidades. Esta deve ser a obra para a educação do futuro. VII - A ética do gênero humano: A educação deve conduzir à "antropo-ética", levando em conta o caráter ternário da condição humana, que é ser ao mesmo tempo indivíduo/sociedade/espécie. A ética não poderia ser ensinada por meio de lições de moral. Deve formar-se nas mentes com base na consciência de que o humano é, ao mesmo tempo, indivíduo, parte da sociedade, parte da espécie. A educação deve contribuir não somente para a tomada de consciência de nossa "Terra-Pátria", mas também permitir que esta consciência se traduza em vontade de realizar a cidadania terrena. Não possuímos as chaves que abririam as portas de um futuro melhor. Não conhecemos o caminho traçado. Podemos, porém, explicitar nossas finalidades: a busca da hominização na humanização. Esse é o esboço dos sete princípios da educação para o futuro.




CALDEIRÃO CULTURAL - O BRASIL É UM ESTADO DE DIREITO LAICO OU FARSA DAS RELIGIÕES ?

Caldeirão Cultural - O Brasil é um estado de direito Laico ou uma farsa das Religiões ?
Como educadora, sempre me questiono à cerca da atual situação política do Brasil, e no quesito antropológico da atual sociedade, me pego pensando na importância e no peso que a religião tem sobre o pensamento do Cidadão Brasileiro.
Sempre vejo as pessoas se digladiando, se alfinetando, se ferindo e se auto-culpando em nome das Religiões, há em todo eixo de pensamento Brasileiro esse ranço da importância dessa identidade Religiosa Cultural, e honestamente falando até que ponto essa necessidade de auto-afirmação através da Religião não é também uma fuga para em tudo se alimentar de uma identidade que em suma é um só, o pensamento brasileiro sempre terá esse viés, somos um país de: SAMBA, CARNAVAL E MACUMBA.
Sou espiritualista, admiradora de todas as religiões e absurdamente apaixonada pela expressão artistica que deriva das diversas formas de se enxergar e vivenciar o divino que nos habita, que nos comunga com a essência do que somos, o Brasileiro sempre se vê as voltas com esta questão: A religiosidade.
A religiosidade é sempre motivo de desculpas, para um ranço Ancestral, se nada der certo na minha vida, vou ali no terreiro da Mãe Zezinha, acendo umas velas, fumo um charuto, falo com o Exu e espero pacientemente que algo se resolva em minha existência.
Essa colonização com essa característica Católica, nos tornou e nos formou como povo analfabeto, infelizmente, nesse quesito bebo e vomito do TEATRO Brechtiano, primo pelo respeito ao que o Sagrado enquanto identidade cultural representa para um povo vilipendiado, açoitado, roubado, escravizado, entretanto ao estudar a História do Povo e da atual sociedade, percebo claramente que os denominados Sacerdotes de todas as denominações, querem o que a Igreja Católica sempre fez, administrar, zelar e representar o povo em sua essência pobre, favelada, miseravel.
E a hipocrisia desses atuais lideres religiosos beira o fanatismo, é tanto dinheiro que gira em torno dessas Religiões Afro-Brasileiras que honestamente chegamos verdadeiramente a questionar o futuro desse país, miscigenados, pobres, analfabetos políticos, alienados e acima de tudo capitalista burguês.
A hipocrisia ronda os terreiros, vai bater na Casa do Pai de Santo sem dinheiro pra você ver, se ele te atende... Ledo engano, a Única Igreja que sempre nos acolhe e não nos questiona em nada e simplesmente abraça, consola e está sempre com seu templo físico aberto, é a Igreja Católica, por mais absurdo que isto possa parecer, procure um Templo Umbandista aberto pra você ver ... Cadê?
Portas fechadas, Pai e ou Mãe de Santo ausentes, e se for desses do que chamo de “Umbanda Nutella”, vou ser apedrejada por escrever isso, mas esse é meu papel como fomentadora da Arte-Educação, não vejo os Pais e Mães de Santo nas portas das Escolas, auxiliando seus filhos de Santo (não sem interesse – é claro), vender hipocrisia todo Sacerdote vende e isto é um fato. 
Do que nos valeu tanta Cultura Macumbística ?
Quanto vale o PREÇO DE UM EBÓ ?
Quanto vale o PREÇO DE UMA BENÇÃO?
Quanto vale a alcunha dessa hipocrisia toda ?
Brasil Pátria dos Evangelhos Bestiais, cada um querendo pegar seus patacos velhos e somar com sua Igrejinha particular.
Como diz o bom e velho Barbudinho: “ Deus está morto”....
Eu desço as montanhas com meus livros de filosofia e rasgo a cara desses hipócritas, machistas, falocentristas que exercem seu direito de voz vestidos com suas roupas caras, seus makes cheios de pompa e circustância, enquanto que o favelado, o índio, o mendigo morre de fome, sem poder pagar pelo EBÓZINHO DE MENTIRA.
Façam o favor de vestir a carapuça de hipocrisia e tomar vergonha na cara, defender a Cultura desse povo, os pensadores sempre defenderam, mas certificar que a Religião nos leva à frente em quê?
Qual a razão capitalista disto tudo ?
Em que a religião nos justificou?
A sociedade podre, corrupta e acima de tudo burguesa, nos fez engrandecer em quê, como e por quê ? Religião ? 
Ópio da humanidade.
E como já dizia Nelson Rodrigues : “ A unanimidade é burra...”

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo
Data: 17/07/2019