CIA AVALON

terça-feira, 31 de março de 2020

O SAGRADO FEMININO


O SAGRADO FEMININO

Gestos lentos
De um corpo feminino
Se construindo

Entre o ser, pertencer e ter



Um corpo que se constroi
Entre ditames e regras
Feche a perna, não fale palavrão


Uma alma livre
Que vai se amarrando
Pra pertencer

Pra ser de alguém

Numa entrega absoluta
Em uma confiança ilimitada

Um ventre
Casulo nu

De pele e alma

Feito a mão
Bordado sentimento por sentimento
Lado a Lado


Sou feminina
Por que sou forte
Gesto o embrião do amanhã


Sou o Sagrado Feminino
Que lava tudo com seu sangue
Com suas dores e seus lamentos


SOU EVA
SOU PAGU
SOU LILITH
SOU MARIA

DE PUTA
A SANTA
DE TUDO UM POUCO SOU.




Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

domingo, 29 de março de 2020

DOM SAGRADO




Esse dom sagrado que herdei
Esse dom mágico de ensinar
Essa graça eterna de propagar
Essa missão mágica de educar



O leve sorriso do aprendiz
A leve risada da criança
O olhar sedutor de uma bailarina
O Tilintar das moedas de minha saia



Tudo é sagrado
Tudo é divino
Nada é excomungado
Tudo é perdoado



Na arte
No amor
Na educação
E na vida



Sou semente
Por que sou raiz
Sou fruto
Por que já fui folha

Sigo ensinando


A vida
O amor
A dança
A arte



Sou completamente feliz ensinando e aprendendo.
Sou o sagrado que se faz feminino.
Sou Mãe de todas as filhas.
E filha de todas as mães.
Sou o divino feminino.
Sou.

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

VIOLA SPOLIN



Santa Viola Spolin que está nos Céus.


O trabalho dignifica e nos dá sentido e amar o que se faz, me faz sentir que verdadeiramente é melhor ser quem sou, do que sonhar em ser o que não sou.
Casar-me com a Arte, com o Teatro e todas as formas de linguagem que a Arte me traz, não me deixam nas masmorras da solidão, não, e não, pelo contrário, abraço-me à causa que nasci para ser.
Arte libertária
Educação Libertária
Teatro ao povo
Para o povo
Sempre.
Santa Joana Dark que está nos Céus, dai me força para erguer minha espada diante das batalhas do dia a dia.
Que eu nunca esmoreça, que eu seja verdadeiramente a LUZ que sei que sou.

Evoé.

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

quinta-feira, 26 de março de 2020

ENSAIO





















AVISO IMPORTANTE



Eu, Priscila de Fátima Jerônimo, sou a Gestora, a Criadora e a Idealizadora da Companhia Avalon de Teatro e Dança, diante da atual situação de muitos grupos de Teatro e da vida intima dos artistas, principalmente aqueles que trabalham a Dança Cigana que é um pertencimento étnico, primo sempre pelo zelo e o respeito à tradição de Proteger o Corpo.
Muitos me julgam por ser conservadora, por não gostar de exposição desnecessário, por não curtir aspectos comerciais ligados à nudez.
Minha Companhia de Teatro não induz nenhum jovem, adolescente, adulto e ou afins à se exporem de uma forma desonrosa ao que Aprendi com a Minha querida Professora Nazzira, que ao longo de alguns anos de convívio e de aprendizado me ensinou o Valor desse Sangue Cigano, que exige respeito.
Algumas jovens incaultas nos julgam preconceituosas, dizendo que somos velhas retrogradas e que devemos nos mostrar em corpos desnudos, desvalorizando o traje cigano, a etnia que se desdobra em muitas horas de respeito ao que Sara nos pede.
Eu choro, pois minha Companhia de Dança não é de gente FUNKEIRA, minhas alunas não se portam assim e não gosto de pessoas associam minha imagem como Professora à uma profissional sem moral.
Sou retrograda, conservadora e extremamente digna do que aprendi.
Não sou Professora de Dança Cigana à toa, em respeito ao que o Povo Cigano me ensina, Peço respeito.

" EU DIGO NÃO À NUDEZ"
" EU DIGO NÃO À PORNOGRAFIA."

E todos os contatos relacionados ao meu trabalho no Teatro somente são tratados diretamente comigo, pelo meu e-mail pessoal.
E-mail: priscila_jeronimo@yahoo.com.br

quarta-feira, 25 de março de 2020

OS OBSESSORES DE VIDA MIDIÁTICA


Os obsessores de Vida Midiática
Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

Quando uma doença se manifesta?
A vida moderna faz dos seres humanos um poço de dúvidas, de incertezas, de medos e de doenças ligadas a correlação entre vida real e vida midiática, canais de comunicação instantâneo geram urgência, a pressa que essa sensação causa, cria estados de ansiedade que se transformam em sintomas físicos.
As relações afetivas que circundam os dias atuais, giram em torno da busca por satisfação, relações de busca por prazer, o desejo pela efetiva combinação entre realização, afeto e sexualidade desregrada, faz com que os seres humanos de idade mais avançada não saibam lidar com essa era digital.
O que antigamente acontecia com um tempo maior, hoje se torna basicamente instantâneo, crimes acontecem em tempo real, o que nos prova e nos mostra diariamente que as relações de comunicação estão se tornando um vício, uma sensação que norteia as relações, o imediatismo.
Diante da urgência em busca de respostas, a vida se faz de pressa, de agonia, de uma virose que se espalha com ênfase no MEDO.
Essa onda de pessimismo tem gerado pânico, stress e calado a criatividade dos seres humanos, nossa necessidade de satisfação nos prazeres, no consumismo, na inércia da gula, na sensação primitiva do sexo, despreparados que somos para uma nova abertura de consciência, diante da morte somos todos iguais, entretanto perante a vida somos células em mutação.
As células que estão em constante mutação vai atraindo as ondas que vibram em caixas de comunicação que nomeamos como “celular”, as várias camadas de tecnologia, nanotecnologia e demais componentes eletrônicos que compõem esses aparelhos são extremamente nocivos aos órgãos físicos, hoje em dia os seres humanos vivem em uma cadeia tecnológica, somos encarcerados pelos meios midiáticos, as conversas sempre acontecem por meio de itens tecnológicos, o velho e bom papo de boteco, o olho no olho, as mãos que se acariciam se perdem nos dedos sujos que “touch screen” vão se misturando entre palavras de falsas verdades e “emoticons pirandeléticos”.
No frigir dos ovos cibernéticos os falos continuam dizendo e as cabaças fervendo de problemas domésticos, como lidar com uma rotina de professor(a) pirado(a) ?
Pirar é algo normal dentro de uma sala de aula, os educandos nos impulsionam à uma eterna busca, a sociedade nos cobra “valores”, os boletos nos cobram dívidas financeiras e as nossas emoções ?
Onde guardamos nossas emoções ?
Em nossos bornais ?
Em nossas notas?
Em nós?




terça-feira, 10 de março de 2020



CAPITÃO DA CIDADE LINDA

Pensando no Capitão da Cidade Linda e dos Trabalhadores acéfalos de cabeça baixa com seus "zap-zap" da vida, me questiono: Para onde estamos caminhando ?
Parecemos mulas guiadas por nossas caixinhas pretas, só parem um dia, e saiam sem celular de casa, é assustador, ninguém vê mais nada, absolutamente nada, só percebem que a sua matéria ainda está na vida real, quando o bandido tromba e levaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa toda sua história presa num caixa de CONTROLE.

Ps: Capitão da Cidade Lindaaaaaaaaaaaaaa????
Parque Santo Antônio quer você lá, carpindo um mato, limpando um lixão, etc e tal.
E avise o Capitão Estrume que ainda estamos atentos...
Bem atentos.

P.F.J

EU ANDO MEIO IDIOTA

Eu ando meio idiota
Sabe
Daquelas que baba
Enquanto tu passas

Eu ando meio assim
De caso com a vida
Esperando você

Ó te aviso: Mordo não.
Mordo não.

Se você pedir: eu mordo sim.
Eu mordo sim.

Portanto deixe de ser tímido assim
E vem, só vem, vem pra mim.
Vem ?

Poesia para os dias de riso e festa.

AUTORA: PRISCILA DE FÁTIMA JERÔNIMO

SE EXISTE O TAL DEUS(A)

Se existe o tal Deus(a)

Ele e Ela são fanfarrões
Dada a missão

Lá vou eu

Nova escola
Novo front


Se não fosse a minha missão
Não seria minha
Pois em minha vida só a versão nigthmare

E desço pro embate
Pulo cachorro morto
Levo dois ou tres tiros de : quem é você?

Passa uma moto e baforejada: Tá caçando o quê na quebrada?
Eu: nada não, moço, só vim trabalhar.

E combalida em pleno trajeto, já caio pro ringue cansada, exausta, e com olhos cheio de curiosidade estão as crianças...
Tomo um gole de água, lavo o rosto , me estapeio a face e digo: Coragem. Coragem.Coragem.

AUTORA: PRISCILA DE FÁTIMA JERÔNIMO

domingo, 8 de março de 2020

A LUZ

A LUZ

No meio do CAOS, encontro a sabedoria.

No meio do SOM, encontro a harmonia.
No meio da DÚVIDA, encontro a certeza.


No meio da POESIA, encontro a beleza.
No meio do VERSO, encontro a realeza.
No meio de TUDO, o NADA se faz.

Entre o SOM, A DÚVIDA, A POESIA, O VERSO E O TUDO, exerço a FÚRIA.
Deus Salve a UMBANDA.
E a DEUSA QUE NOS ABENÇOE.

Saudades.

LUZ


DIA DAS MULHERES


AS MÁSCARAS

As Máscaras da Comédia
O Mascarado que ri de suas próprias contradições.
O ator e a atriz, na busca por suas escolhas, o ato de encenar, de brincar com suas máscaras.
A Comédia nossa de cada dia, o riso é o ato falho de errar e refazer.
O Palco é o lustrar de nosso ego, a coxia é o encontro com o espelho que nos diz mais que qualquer aplauso.
Buscar-se em todo os cantos.
Encontrar-se em todos os atos.
Sou um corpo político.
Sou o soco.
Sou o urro.
Sou o erro.
Sou o acerto.
Sou o ator.
Sou a atriz.
Um(a) contador(a) de mentiras.
De falo em falo, exerço minha PÓLIS.
EU SOU.


Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

quarta-feira, 4 de março de 2020

ODOYÁ


Um belo dia tu acorda, olha pro teu passado e sorri, foram tantos os obstáculos, tantas foram as pessoas que tentaram te machucar, te maltratar, te usar, e você?
Ah, tu seguiu firme e forte, pelo teu caminho, sem intenção alguma de ultrapassar ninguém e tu defendeu alguns e se ferrou também por uns e outros...Mas a vida seguiu, e sábia e ponderada que foi essa mãe, chamada experiência, trouxe junto consigo a sensação tranquila e serena de dever cumprido, de meta alcançada. Não costumo ser má, mas quando o faço uso de maestria. Afinal nasci na forja do aço, na junção da terra com o mar. Odoyá.

Não havia necessidade de som


Não havia necessidade de som, de palavras, explicações e aqueles clássicos blá,blá,blás de uma relação comum.
Existia entre nós um consenso, era a gente e pronto.
Não haveria dificuldade, tempo, obstáculo ou falta de amor, não, existia o que sempre existiu: necessidade de sermos nós.
Em algum canto, tempo, lugar - seriamos nós, simples assim.
E todos os desejos, flores, cartas,torpedos que nunca trocamos, eram registrados em versos, poemas, fotos, dedicatórias e imagens que guardavamos a sete,quartorze,vinte e uma chaves.
Você se machucou um dia e eu não estive lá.
Eu me matei em pensamento e você não foi ao meu enterro.
Mesmo assim, naquele dia e naquela hora marcarda, tu estavas lá...Pronto, de malas feitas, cabelos escovados e botas lustradas. Sorriso bobo no canto da boca e chicletes de menta para disfarçar o nervosismo.
Era o dia, cheguei esbaforida com os cabelos desgrenhados, a roupa amassada e um sacola cheia de roupas velhas. Era o começo e o fim de nossas vidas. Seguimos vazios, mas juntos. Isso bastava.

domingo, 1 de março de 2020

NÓS SOMOS

Desenho meus dedos em tuas tatuagens
Percorro minha alma em tuas perdições
Transpasso teus medos entre minha ousadia e o meu desejo
Nutro teu corpo com a seiva de minha história

Sou teu começo, teu meio e teu fim
Na curva da morte em que te encontrei
Beijei teus pés em sinal de respeito
Depus minha armadura
E chorei
Lavando teus pés
Com o sal sagrado
De minha trajetória
Sou a tua terra fértil
Teu solo santo
Tua Dinastia que nasce e renasce
Em minha cabaça sagrada
Sou tua mulher
E tu és meu homem
E tudo o que sou
Refaz em ti o que somos
Amor, companheirismo, partilha e fé
Creia: nós somos.
AUTORA: PRISCILA DE FÁTIMA JERÔNIMO