CIA AVALON

domingo, 14 de dezembro de 2014

Amor sempre amor

Me pego pensando nos devaneios tolos que sinto por ti, nas loucuras doces que nunca cometeremos, nas mãos dadas que nunca sequer se tocaram e na tua boca que nunca beijou a minha.
Amor platônico tem esse efeito, essa combinação, esse jeito de ser: impossível e inatingível.
Amar é simples, complicado é viver esse amor.
O que fazer ?
Me diz ?
O que eu devo fazer ?
 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Quando penso em você, tudo parece tão distante, tão surreal, tão inexistente, é como se nunca tivesse te amado, te desejado, te procurado. E nesse instante percebo que verdadeiramente tudo não passou de uma fábula com sua moral peculiar, seus olhos nunca estiveram aqui, sua boca nunca me beijou e seu corpo que nunca toquei ainda me assombra em noites frias de outono.
Você existiu somente num plano imaginário, desses que criamos para dar sentido a nossa existência vã e sem graça.
De tudo o que não vivemos, ficou o gosto amargo da desilusão, do desamor, do desatino desenfreado, irresponsável noção e desejo, que permeava minhas  ações em meados de 2010.
E o tempo voraz, absoluto e senhor de tudo, devorou as lembranças, alimentando dia a dia a inexistência do que nunca existiu.
E o que restou dentro de mim?
Uma pergunta difícil de responder, outro dia te vi passar na rua, com seu carro imponente e sua cara deslavada, não sei se me viu, acho que não, mas tanto faz, você não pararia se eu estivesse na faixa, aposto que me atropelaria se pudesse.
Eu sei sou muito dramática e faço de tudo uma tempestade, talvez, não sei. Do que me lembro resta somente a poesia, tantas e tantas palavras direcionadas a ti, com amor, servidão, desejo, luxuria, paixão, arrebatamento que chego a sufocar. Fostes  para mim uma escola do amar sem ser amado, e agora honestamente, cansei dessa maneira torta de amar.
Estou pronta para seguir, sem vestígios de batom em minha alma, sem água benta em minhas lágrimas, sem pecado e sem perdão, quero viver um amor que seja real, ao menos daqueles diários em que se acordar todo dia ao lado do ser amado.
É o meu desejo. Espero que compreendas,  se ainda se importar.


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Ele a olhou de cima a baixo, vestida com descrição, salto alto, saia preta e blusa vermelha, nas mãos um casaco para os dias de frio que fazia na cidade. Os cabelos presos num coque, a boca vermelha pintada com esmero, os olhos delineados e as mãos e unhas pintadas de preto, uma bolsa pequena e um brinco grande e chamativo. Perfeita. Assim ele pensou logo que ela entrou naquele café. E feito um gato ficou a espreita observando todos os movimentos, como ela pediu seu café, como se sentou, quando mexeu no celular, e a maneira que brincava com os anéis grandes na sua mão.


Tudo nela denotava domínio, graça e exatidão, dizer-se ia que ela estava interpretando de tão bela que a cena era.

Não havia necessidade de mais nada, só olhá-la, mas afinal: quem é ela ?