CIA AVALON

sábado, 18 de janeiro de 2020

OS TEMPOS MODERNO.



Os tempos modernos, antigamente quando eu queria ler algo novo, procurava a biblioteca do bairro, dirigia-me para o sagrado templo dos livros, para efetuar uma pesquisa e ou algo relacionado ao que o colégio havia pedido, com o passar do tempo, as buscas por livros, por conhecimento eram transcritas em folhas de almaço, não havia computador, somente papel, caneta e a boa letra de mão.
Escrever horas e horas, copiar os livros que a Bibliotecária deixava em um silêncio digno de hospital, era a máxima daquele recinto, manter-se calado(a), lendo, estudando e observando as regras impostas pela rica Casa de Livros.
Antigamente fazer pesquisas era divertido, íamos em grupo, dividíamos os temas para que cada um fizesse o que havia sido proposto pelo Professor(a), geralmente havia alguma intriga e ou discussão, mas normalmente conseguíamos levar o trabalho até o término: Era Divertido ser aluno(a), era prazeroso fazer um belo trabalho, entregar uma bela capa, caprichar nos detalhes por menores que fossem, era bom fazer o trabalho para que o Professora e ou Professora, corrigissem e nos dessem boas notas.
Era bom ser aluno(a), Era bom estudar.
O sonho de notas altas, bons elogios e a vontade de ser motivo de orgulho para nossos pais.
Hoje, o que se pode dizer dos alunos(as) dos dias atuais?
Preguiça?
Descaso?
Indisciplina?
Violência?
Alguns lamentam pelo que vivem em seu dia-a-dia, outros vivem a lamúria de dizer verdades em âmbitos pouco producentes, a roda da vida é cheia de setores: educacional, religioso, político, afetivo, financeiro, saúde física e emocional, âmbitos que poucos percebem como eixos de evolução; julgar é fácil, tempos frívolos, uma era midiática, em que a comunicação ganhou destaque, mas as relações cibernéticas alçaram vôos que desconectaram o homem, a mulher de si mesmos, tristes tempos, aquele velho olho no olho, mãos entrelaçadas, silêncio de uma lágrima, doçura de uma prece, o agradecer por mais um dia de trabalho, de vitória, de conquistas, de aquisição, mais um término de dia, onde os corações em prece se amontoam em mães que rezam, em pais que oram, em filhos que louvam.
A família que se faz de ninho, em aconchegantes preces de amor, pela vida, pelo outro, por mim, por nós, por todos.
A PRECE.
A GRATIDÃO
A ORAÇÃO
A CERTEZA
Em tempos de Guerra peço por PAZ.
Em tempos de Cólera falo de POESIA.
Em tempos de Treva falo de amor.
Em tempos de Fome falo de Pão.
Pão que se faz.
Pão que se planta.
Pão de vida.
Que as Bençãos das Sagradas Mães nos envolva em um Berço de LUZ.
Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

sábado, 11 de janeiro de 2020

MERLIM




Eu não sei dizer quando foi a data, o horário e ou a hora que tomei conhecimento da tua existência.
Bastou que me dissessem de tua vida, do teu nome, da tua escolha, que descobri uma razão para buscar.
Eu sou, a busca
Eu sou, a busca
Eu sou, a busca

Nada me instiga ao trabalho, a não ser que aja curiosidade, aja uma réstia de mistério para desvendar, sou assim...

Se o trabalho já vem pronto, não acho graça, não acho divertido.

Eu olhei a foto, era um casal, um homem e uma mulher, e passei a olhar, a observar e algo dentro de mim, foi nutrindo uma carapaça, uma cápsula que me faziam admirar, feito um bicho, analisando suas presas...

Afiei minhas espadas, a razão e o motivo, Minha Avalon, corria perigo, um simples leigo teria me feito desistir, mas com aço, ferro e espadas, sei lidar...

Se Minha Avalon corria perigo, era por quê ele: Merlim - em busca do Santo Graal , me norteava os rumos de uma Sociedade tão decrépita, tão injusta e tão sentimental, é.... 

O Velho Druida tinha razão, arrastando meu corpo cansado pelas trilhas que levavam até a água do poço, o Velho espelho da Morte, me mostrariam as razões do temor.

A Deusa era a causa de minha existência, estar ali, como a Grande Viviane, solitária, por vezes perseguida, em alguns momentos aceita e em muitas circunstâncias, somente mais uma filha da Lua, tão triste e sozinha, feito os desiginos que a Grande Mãe impõe.

Eu amava, Merlim, como fruto e causa de minha importância no Mundo, os velhos Padres do outro lado da ilha, já celebravam os sinos de fé, meu corpo, sentindo o gélido relance da morte, um dos Cristãos, havia ousado tocar meu ventre, audaciosos e implacáveis. em torno de um Deus, que em nada simbolizava para nós, Druidas, e eu, de longe, no Alto da Colina mais verdejante de Avalon, acompanhava o enterro de mais um deles, o tal Cristo havia retornado ao solo com mais um deles.
Toquei o Centro da minha testa, e conjurei pela Deusa.
Ela daria o repouso merecido, a um pequeno falo.
Assim ELA É.
Assim ELA SEMPRE SERÁ.

A Deusa vive.




AUTORA: Priscila de Fátima Jerônimo



sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

O AMOR NASCE

O amor nasce dentro do coração e da alma, daqueles que acreditam, a fé nasce dentro da mente daquele que um dia em desespero se viu no fosso da dor, na dúvida e na incerteza de acreditar, e o Sol que invadiu a Alma tendo a clara e nítida certeza, de que se em crendo na Vida, a alma se fez de luz e bondade, é a vitória certa do PERDÃO.
Um ser humano nunca se perde dentro da Bondade, mas em momento algum a alma se perde de sua essência, ser filha de Mariana, nunca me trouxe tristeza, sempre me trouxe verdade, ela, sempre me punia por não ser dedicada, e eu, sempre me cobrava, mais estudo, mais retidão e principalmente Coragem.
Quando ela partiu, um pedaço de mim, foi com ela, nunca sofri tanto em minha vida, ao vê-la ali, inerte, um manto azul, o olhos fechados e a dor, do LUTO, minha Mãe, minha amada Mãe, aquela que deu a vida por mim, estava ali, naquele esquife, naquele momento, o mundo se fez de dúvidas, mas ao olha-lá, eu acreditei no repouso dos justos, um ser humano tão digno, uma mulher tão sofrida, ali, sem vida, seu sorriso, sua alegria, sua gargalhada.
Aonde foi parar a Risada de minha Mãe?
Por que ainda hoje, depois de vinte anos, ainda sinto saudade, de pequenos detalhes, do doce de figo que ela tanto gostava de fazer, do almoço de domingo, com frango e macarrão, de vê-la sentada jogando vídeo game, eu sinto SAUDADES.

Minha Mãe me deixou exemplo, dedicação, e onde vou sempre que se lembram dela, me abraçando com doçura e bondade, pelo nome Dela, pela Obra que ela ergueu neste Orbe.
Eu a amo, e ainda sentirei saudades durante toda a minha encarnação, minha Mãe era e é inesquecível: brava, coerente, digna, honesta e bondosa.
Um olhar tão intrigante, quanto sua bondade, uma mãe tão dedicada, que hoje, sinto-me honrada por um dia poder tido a oportunidade de chamá-la de : MÃE.
À sua benção Mãe Amada e querida,


Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

ESCREVER É UM ATO DE AMOR



Escrever é um ato de amor
Escrever é um ato de entrega

Escrever é um ato de renúncia
Horas escrevendo, horas estudando, o melhor texto, a melhora forma de expressar o que sou, o que sinto, anos escrevo e o prazer da escrita, somente meus dedos agéis, na Interzona de mim mesma, fazendo meus relatórios infindos, minhas celeumas diárias, minhas dúvidas, meu ego inflado, meus mais caros sentimentos, minhas mais profundas dúvidas, minha mente, meu eu, meu ....é tudo meu.

Aprender a escrever sozinho, aprenda a conjugar teu próprio rumo, saiba estudar sozinho, faça teatro, faça roteiro, enfim, senta- escreve, estuda, escreve, leia e quem sabe....

Vá estudar.
Vá ler.
Vá treinar.

Para se escrever bem, é preciso ter uma rotina diária de pelo menos quinze minutos de exercício.
Minha meta. Escrever e morrer escrevendo.
É prazer.

P.F.J.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

O RETORNO CÓSMICO DA MULHER.



O retorno Cósmico da Mulher que dança em volta da fogueira...







A busca do ser Cósmico, tem me levado à uma constante Jornada Mítica, envolvendo os caminhos de educação e cultura.
Estudar o Ancestral Corpo Mítico, me fez buscar através da dança e do teatro, a real importância da saúde, um corpo que se move em busca de si mesmo(a), é um corpo desperto pela dança e orientado pelo teatro.
Quando penso no início da minha Jornada como atriz, lembro-me do meu antigo corpo, um corpo obeso, de 130 kg, dores, dificuldade de locomoção, pressão alta e um único propósito: emagrecer.


A Obesidade é uma doença, levei anos para assumir, meu médico me dizia sempre isso em inúmeras consultas, ele me dizia: - Conscientize-se, a OBESIDADE é uma doença.


Eu sempre saia com essas palavras na cabeça, um Árabe, me dizendo isso em consulta me faziam meditar sempre.


Eu tenho uma doença, eu tenho uma doença, não se tratava somente de comer, mas sim em uma admissão para mim mesma, eu era DOENTE.


Haviam fatores genéticos que me abraçavam o corpo, causas emocionais que limitavam minha mente, a consciência desses fatores foram chegando com o decorrer de 22 anos, lutando para compreender as causas da gordura, as consequências para meu corpo físico, as inúmeras drogas que meu corpo foi acumulando no transcorrer desse tempo, e a retomada de fôlego para reagir e vencer.


A OBESIDADE mata, silenciosamente ataca o coração, restringe os movimentos e limita o ser humano em inúmeras situações de enfermidade.


O que para alguns se trata de uma busca desenfreada pela beleza corpórea, para mim, se tratava sempre de não me sentir impotente para algo que me fez criar uma paixão: a DANÇA.


O que para alguns se trata de uma busca desenfreada pela beleza corpórea, para mim, se tratava sempre de não me sentir impotente para algo que me fez criar uma paixão: a DANÇA.a pela dança, eu que comecei a dançar com 110kg, fui redescobrindo uma mulher camuflada por quilos e mais quilos de falta de amor, de submissão à relacionamentos fadados ao fracasso. A sociedade me cobrava e eu me punia por não ser a magra, a bela , a barbie cheia de adjetivos que uma sociedade hipócrita cobra.

Esse gatilho do despertar para uma nova pessoa, somente a busca pelo movimento, pelo teatro, me trouxeram a certeza, o Método de Pina Bausch, a beleza do movimento que não restringe e não classifica nem pune o magro e tão pouco o gordo, a dança pode ser realizado pelas duas personas, por todos, mesmo os cadeirantes dançam.

E essa busca me fez ser quem sou hoje, um novo ser humano, capaz de compreender essa jornada como uma busca ETERNA, por equilíbrio emocional, mente sã, corpo são.

Viva a Dança.

Viva ao teatro.

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O SOL RAIOU

O sol raiou
Num novo tempo
Uma nova história
Um recomeço

Uma pausa no velho
Uma brecha no tempo
Um "religare" ao novo
Um "start" - uma nova trilha

O que passou ficou
Deixei nas ondas da praia
Lavei meu corpo
Entreguei ao mar

Minha alma se fez
De maresia
E com as ondas
Beijei a praia
Feito Sereia
Feito mulher


Renascida das águas
Abençoada pela Senhora do Mar.
Odoyá - Mamãe.


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Dez/2012 - Praia Grande - São Paulo

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