CIA AVALON

sábado, 11 de janeiro de 2020

MERLIM




Eu não sei dizer quando foi a data, o horário e ou a hora que tomei conhecimento da tua existência.
Bastou que me dissessem de tua vida, do teu nome, da tua escolha, que descobri uma razão para buscar.
Eu sou, a busca
Eu sou, a busca
Eu sou, a busca

Nada me instiga ao trabalho, a não ser que aja curiosidade, aja uma réstia de mistério para desvendar, sou assim...

Se o trabalho já vem pronto, não acho graça, não acho divertido.

Eu olhei a foto, era um casal, um homem e uma mulher, e passei a olhar, a observar e algo dentro de mim, foi nutrindo uma carapaça, uma cápsula que me faziam admirar, feito um bicho, analisando suas presas...

Afiei minhas espadas, a razão e o motivo, Minha Avalon, corria perigo, um simples leigo teria me feito desistir, mas com aço, ferro e espadas, sei lidar...

Se Minha Avalon corria perigo, era por quê ele: Merlim - em busca do Santo Graal , me norteava os rumos de uma Sociedade tão decrépita, tão injusta e tão sentimental, é.... 

O Velho Druida tinha razão, arrastando meu corpo cansado pelas trilhas que levavam até a água do poço, o Velho espelho da Morte, me mostrariam as razões do temor.

A Deusa era a causa de minha existência, estar ali, como a Grande Viviane, solitária, por vezes perseguida, em alguns momentos aceita e em muitas circunstâncias, somente mais uma filha da Lua, tão triste e sozinha, feito os desiginos que a Grande Mãe impõe.

Eu amava, Merlim, como fruto e causa de minha importância no Mundo, os velhos Padres do outro lado da ilha, já celebravam os sinos de fé, meu corpo, sentindo o gélido relance da morte, um dos Cristãos, havia ousado tocar meu ventre, audaciosos e implacáveis. em torno de um Deus, que em nada simbolizava para nós, Druidas, e eu, de longe, no Alto da Colina mais verdejante de Avalon, acompanhava o enterro de mais um deles, o tal Cristo havia retornado ao solo com mais um deles.
Toquei o Centro da minha testa, e conjurei pela Deusa.
Ela daria o repouso merecido, a um pequeno falo.
Assim ELA É.
Assim ELA SEMPRE SERÁ.

A Deusa vive.




AUTORA: Priscila de Fátima Jerônimo



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