CIA AVALON

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

O RETORNO CÓSMICO DA MULHER.



O retorno Cósmico da Mulher que dança em volta da fogueira...







A busca do ser Cósmico, tem me levado à uma constante Jornada Mítica, envolvendo os caminhos de educação e cultura.
Estudar o Ancestral Corpo Mítico, me fez buscar através da dança e do teatro, a real importância da saúde, um corpo que se move em busca de si mesmo(a), é um corpo desperto pela dança e orientado pelo teatro.
Quando penso no início da minha Jornada como atriz, lembro-me do meu antigo corpo, um corpo obeso, de 130 kg, dores, dificuldade de locomoção, pressão alta e um único propósito: emagrecer.


A Obesidade é uma doença, levei anos para assumir, meu médico me dizia sempre isso em inúmeras consultas, ele me dizia: - Conscientize-se, a OBESIDADE é uma doença.


Eu sempre saia com essas palavras na cabeça, um Árabe, me dizendo isso em consulta me faziam meditar sempre.


Eu tenho uma doença, eu tenho uma doença, não se tratava somente de comer, mas sim em uma admissão para mim mesma, eu era DOENTE.


Haviam fatores genéticos que me abraçavam o corpo, causas emocionais que limitavam minha mente, a consciência desses fatores foram chegando com o decorrer de 22 anos, lutando para compreender as causas da gordura, as consequências para meu corpo físico, as inúmeras drogas que meu corpo foi acumulando no transcorrer desse tempo, e a retomada de fôlego para reagir e vencer.


A OBESIDADE mata, silenciosamente ataca o coração, restringe os movimentos e limita o ser humano em inúmeras situações de enfermidade.


O que para alguns se trata de uma busca desenfreada pela beleza corpórea, para mim, se tratava sempre de não me sentir impotente para algo que me fez criar uma paixão: a DANÇA.


O que para alguns se trata de uma busca desenfreada pela beleza corpórea, para mim, se tratava sempre de não me sentir impotente para algo que me fez criar uma paixão: a DANÇA.a pela dança, eu que comecei a dançar com 110kg, fui redescobrindo uma mulher camuflada por quilos e mais quilos de falta de amor, de submissão à relacionamentos fadados ao fracasso. A sociedade me cobrava e eu me punia por não ser a magra, a bela , a barbie cheia de adjetivos que uma sociedade hipócrita cobra.

Esse gatilho do despertar para uma nova pessoa, somente a busca pelo movimento, pelo teatro, me trouxeram a certeza, o Método de Pina Bausch, a beleza do movimento que não restringe e não classifica nem pune o magro e tão pouco o gordo, a dança pode ser realizado pelas duas personas, por todos, mesmo os cadeirantes dançam.

E essa busca me fez ser quem sou hoje, um novo ser humano, capaz de compreender essa jornada como uma busca ETERNA, por equilíbrio emocional, mente sã, corpo são.

Viva a Dança.

Viva ao teatro.

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

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