CIA AVALON

segunda-feira, 26 de abril de 2010

FESTIVAL DO ORIXÁ EXÚ

FESTIVAL DO ORIXÁ EXÚ

EXÚ é caminho, é estrada, é chão. Orixá soberano , imponente faz com que nossos joelhos se dobrem perante sua magnitude.
Os meus olhos se encheram de lágrimas ao vê-lo dançar - meu pai. Salve Exú - La lun pó.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

São Jorge é o santo patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros e do S.C Corinthians Paulista. No dia 23 de Abril comemora-se seu martírio.

De acordo com a Lenda, São Jorge nasceu na Capadócia (hoje a região faz parte da Turquia), por volta do século 3. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Conta a história que o imperador tinha planos de matar todos os cristãos e Jorge foi contra. Como ele mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ele disse: Adeus!

Como se algum dia tivesse existido realmente. Como é iludido. Nunca houve, nunca haverá....Há um abismo entre nós.

Não parei pra pensar e fiz sem pensar, mas foi. 

terça-feira, 20 de abril de 2010

Fez se o silêncio entre nós, roçava calada os dedos magros na xícara branca cheia de café, pensativa, senti que ele me olhava de soslaio, como se disesse em silêncio que o amor tinha ficado guardado em alguma caixa de papelão junto com todas aquelas tralhas no sótão. Disse qualquer coisa e levantei meus olhos em sua direção, um verde musgo aquele olhar, um jeito de me dizer tudo o que queria somente com aquele relance de olhar verde, verde escuro, que tanto amei e que tanto me fez bem. Esqueci a mágoa, passou a raiva, sorri confusa, envolta ainda pela magia do amor de outrora, ele sorriu também, balançando a cabeça lentamente, disse entre dentes: Você fica linda, assim, despenteada. Peguei em suas mãos, estavam gélida, apertei fortemente, me olhou novamente e dessa vez não sorriu, só me encarou por um longo tempo. E calado, veio de encontro a mim, a minha boca se abriu sozinha e senti teus lábios macios brincando entre os meus. Sorri mentalmente, ainda o amava e o café - ah, esse agora tinha outro gosto.

segunda-feira, 19 de abril de 2010



Num tempo que não sei precisar o dia fazia a noite
No ventre do tempo
Num tempo que não sei dizer
A noite cozia a vida


Num tempo e lento momento
Num tempo que não sei falar
A vida era a mãe
Da morte


E silenciosa
Deixava a filha
Ceifar as vidas
Que dela desprendiam


Num tempo que sei contar
A morte era inimiga
Do mar
E nada morria no mar


Só nascia e nadava
Num tempo que não sei saber
O mar amava a praia
E beijava solenemente seu chão

Num tempo que foi meu
Entreguei o mar e a praia
De presente
E sorri satisfeita

Num tempo que me pertence
Cruzei os astros com o céu azul
Colhi estrelas
Fagueiras e faceiras

Num tempo em que me fiz
Nasci das entranhas
Da terra
Me fiz na forja do centro do orbe

Num tempo em que sou
Sou a fibra
A garra
E a vontade
De ser e ter a vida pulsando.

sábado, 17 de abril de 2010

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.  Clarice Lispector
Aprendi que nem sempre um convite para beber é uma boa pedida, quando o feeling fala temos que baixar as orelhas e seguir...
Aprendi que muitas vezes é melhor vir pra casa deitar e dormir. Vale mais apena ficar em casa debaixo do edredom do que ter que aturar determinadas situações.Vivendo e aprendendo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Religião e trabalho

Lidar com pessoas diariamente é algo cansativo e muitas vezes preocupante, temos que lidar com os melindres, as inseguranças, os medos, as incertezas e as dúvidas.Lido com pessoas de diferenças credos, etnias e formações, diariamente tenho que conviver com crianças, adolescentes, jovens e idosos. Trabalho na gestão educativa de uma Escola Pública, lido com o conhecimento de uma forma direta e indireta e por muitas vezes saio esgotada, cansada e confusa. E penso sempre se realmente vale a pena investir nessa carreira, aja visto que tudo o que fazemos demanda tempo espera e paciência. Acredito no ser humano, creio em suas potencialidade, em sua essência divina e imortal. Tive embates no inicio com uma profissional que é Evangélica, entramos em conflito, pois a mesma cismava comigo por ser do Culto Africano, um belo dia a tal pessoa me convidou pra almoçar e conversamos francamente sobre esse conflito e sanamos de uma forma civilizada e adulta. Entretanto sempre penso o seguinte no que concerne às crenças religiosas que todos nos temos, não preciso exacerbar a minha fé, pois ela é exemplificada diariamente através de meus atos, de minhas atitudes cheias de ética, postura e disciplina. Não carrego patuás, guias, colares e nem turbantes para dizer pra todos quem sou e o que sou. Sou segura com relação a minha religião e minha fé nos Orixás, exercito essa crença com minha postura, caridosa, humana e assertiva. Não preciso grita o que sou, pois sou o exemplo vivo da influência do Culto de Ifá, sou uma pessoa nova, resgatada pela Africanidade que durante muitos anos neguei por preconceito e fuga. Simplesmente existir dentro deste contexto educacional, com minha simplicidade de filha de Axé me faz forte e digna de exercer esse símbolo religioso, onde levo comigo e para onde for a força, a garra e a energia dos Deuses Africanos. Que Olorum abençoe minha missão de estandarte dessa bela e mítica cultura. Possa minha pele branca se rasgar e deixar florescer a alma negra que reside dentro deste corpo caucasiano.



domingo, 11 de abril de 2010

Palavra de Afrodite:

Eu sou Senhora do sangue sagrado. A meretriz dos sucos vaginais. Sou aquela que encarna o pecado e habita as grutas infernais. Fui eu que te dei o desejo que desenhei no teu corpo todos os riscos do sexo. Fui eu que te embalei nos braços e disse a todas que eras mulher. Sou eu que ainda te guio nos descaminhos que inventaste. Sou eu que sustento as violações de um corpo que mutilaste. Tu, que és parte de mim mesma, esqueceste o lugar que te gerou. Tomaste um rumo avesso e contrário e renegaste quem te criou. Mas tu és lua, mulher e loba, e serás assim até o instante final. Não serás ferida, porque és cura. Não será dor, porque és prazer. Não serás culpa, porque és vida. Não serás certeza, porque és abismo!"

(Fragmento de texto retirado do livro: A panela de Afrodite - Márcia Frazão
A treze de maio



Fica decretado


Luto oficial na


Comunidade negra.


E serão vistos


Com maus olhos


Aqueles que comemorarem,


Festivamente,


Esse treze inútil. E fica o lembrete:


Liberdade se toma


Não se recebe


Dignidade se adquire


Não se concede. (Semog, 1979)



sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quando criamos uma doce ilusão em nossa mente, justificamos que é Deus, que é  a vontade dos Deuses, que temos uma missão, que temos que falar e etc e tal...Mas o que temos mesmo que falar ?
Por que afinal o que tenho pra dizer, alguém realmente quer ouvir ?
Será?
Será que não estou fazendo papel de palhaço gritando coisas sem sentido e sem razão ?
Ah, esqueci que na verdade meu ego e meu orgulho são tão grandes que  tenho que fazer alguma coisa, pra provar pra Deus, pros Deuses, pra mim e minha família que sou alguma coisa, não posso simplesmente fazer parte desta sinfonia, sendo somente mais uma peça. Eu tenho que ser o regente da orquestra. O que não percebo é que andam rindo de mim, que andam caçoando da minha ingênuidade, da minha arrogância...E os Deuses? Ah, os Deuses pouco precisam de mim ou de minha existência. Para eles sou pó e ao pó voltarei.
Nada justifica minha empáfia e minha prepotência. Talvez quando for mais humilde, eu conquiste os louros da fama. Por enquanto sou um nada cheio de vaidade e coberto de ignorância. Preciso acordar pra vida e me enxergar como sou, não como quero ser.

Um dia chuvoso e gélido

Amanheceu chovendo e a chuva gélida cortava meu rosto, indignada e com sono caminhava a passos largos para o ponto de ônibus. Pensava em meu sonho, um devaneio típico de minha mente romântica e ansiosa por amor e ilídicos momentos de carinho. O ônibus chegou e afastou pra longe minhas divagações oníricas, os carros passavam em uma velocidade desnecessária, e me indagava para onde iriam com tanta pressa?Por que tantas pessoas se afobam no dia-a-dia da cidade, como se antigamente também não tivessem vivido com mais calma e vagarosidade. E isso me norteou até a chegada no terminal, entrei no terceiro ônibus, o trajeto que realizo é pequeno, coisa de 15 minutos de carro, mas de transporte coletivo é cansativo e demorado. Entretanto são nesses pequenos espaços entre o trabalho e minha casa que uso para refletir e pensar sobre minha vida e meus dias de uma forma eficaz e efetiva. Estive apaixona à pouco, na verdade ele não era digno de qualquer sentimento meu, obtuso, ignorante e tosco, quando caiu a máscara da ilusão causada pela frenética paixão, foi que percebi tanto defeitos como: machismo, burrice, aproveitador e etc e tal. Sim, eu sei pode parecer dor de cotovelo ou mágoas de paixão não correspondida, quiçá seja isso...Mas sei que arrastei algumas correntes por cerca de 2 meses, por esse moço. Desejei tê-lo como há muitos anos ( em torno de 10 anos ) não desejava alguém – “ eu quis ter tua alma, ter seu corpo e tudo enfim “ , e me consumi em desejo e labaredas de vontade, de lascívia, chegava a salivar olhando a foto da figura em questão. A vida me trouxe algo tranqüilo e sereno, que chegou com a força de grandes tempestades, conheci alguém de temperamento forte e contestador, mas de uma infinita sinceridade e clareza, alguém que afastou pra longe a sombra deste cafajeste por quem me apaixonei. Sinto-me tranqüila e avassaladoramente em paz, algo que nunca tinha sentido a certeza única de pertencer a uma pessoa, a vida começou a delinear os sentimentos, e tudo está transcorrendo na maior paz e tranqüilidade. Entrego-me a este novo relacionamento com a certeza de estar limpa e feliz, pronta pra viver um grande amor.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pela primeira vez na história, um filme retrata, com fidelidade, lógica e respeito, a reencarnação, tema de interesse de milhões de pessoas em todo o mundo. Baseado em fatos reais relatos no livro autobiográfico de Jenny Cockell, Minha Vida na Outra Vida conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 30. Intrigada, Jenny sai em busca de seus filhos da vida passada. Tem início uma jornada emocionante. Jenny é magistralmente interpretada pela renomada atriz Jane Seymour, de Em Algum Lugar do Passado. Só, que desta vez, não se trata de ficção, mas de realidade.

FILME DO CHICO XAVIER

Fui ver o filme do Chico ontem, gostei imensamente, me emocionei, chorei...Ri.
Amei.
O filme retrata de uma forma muito poética, bonita de se ver a vida desse Grande Missionário.
Pensei firme no tempo que te arrastou pra longe
chorei
E ri ao mesmo tempo
Do tempo que te trouxe pra perto

Do sonho
Da ousadia
Da tinta tosca
Que pintou tua pele

Do beijo
Da sensação
De pertencer
De ser

Eu sei
Tudo era ilusão
Eu sei
Nada foi real

Eu tive
Você
E me perdi
Ao me entregar

Eu sei
fui tola
Fazer
O quê?

sábado, 3 de abril de 2010


















Veio um vento que me varreu as folhas de sentimento
Foi um vento forte e decidido
Arrastou meus pensamentos
Levou me consigo nas asas do vento

Teu nome nunca soube
Como também não sei dizer
Que sentimento foi esse
Que não me coube

Que tormento recente
Que dúvida cruel
Atroz, violenta


Um sentimento de posse
Que de nome não sei falar
Que de tempo não sei precisar
Mas doeu por dentro, varreu minha razão

E fiquei toda emaranhada
Toda cabisbaixa
Soturna e macambuzia
Tem cura não
É mal de amor, diz o doutor

E foi tão fundo o malfazejo
Que roguei praga
Ao objeto do meu desejo
Não ande sem pensar em mim

Não pense sem andar pra mim
E jurava que queria o mal dele
E gritava desgraçado ao vento encanado
Que zunia no meu ouvido

Até que um dia
Amanheceu um sol arretado
Um calor espevitado
E eu corri faceira pro mar

A primeira onda
Veio me lambeu toda
Me varreu a memória
De fraca arrastou o tal amor

E restou Janaina
A Dona do mar
A me olhar faceira
A rir matreira

Chora não menina
Que esse mar é todo teu
Que tu é sereia
E sereia encanta 

E virei Sereia
Da Dona Janaina
Conto estrela agora
Mas é estrela do mar

Vez por outra o tal moço
Passa
Olha
E eu nem ligo, sou sereia - seu moço

Te levo pro fundo do mar
E só devolvo o corpo
Pro mar salgar
Toma teu rumo, moço

Sou filha da Dona Janaina
Rainha do Mar
Senhora dos Peixes
Minha mãe Yemanjá...Odoyá