CIA AVALON

quarta-feira, 2 de junho de 2021

O amor e os boletos

 




Quando o amor romântico atinge o pico da ideologia, o homem e a mulher se comprazem com relacionamentos dourados de falsa impressão de felicidade.

Os risos cheios de cumplicidade são mascarados pelo desejo de um latente relacionamento carnal, o que dantes era uma paixão, transforma-se  em recompensas diárias na espera por um sexo que satisfaça o ego em riste.

O corpo da fêmea fica na dependência química da testosterona no corpo do macho-alfa que a blinda diariamente com afagos e melindres do típico casamento “pseudo” moderninho.

O estado que elenca o relacionar-se como uma fábrica de afetos conquistados mediante a troca.
A cumplicidade gira em torno do sexo com ou sem sentido, o casamento como empresa é algo lucrativo.

A fêmea-esposa provém o andamento do lar como gestão da economia doméstica, assume o papel de “a Patroa”, ironicamente o macho-Pilantra se auto-intitula de “ Corno-Sentimental”, as risadas no canto murcho da boca se contraem com os papéis chamado de : “Boleto”.

Segue o colóquio do Casal Afetinho

Ele: - Patroa, o rango ta pronto?

Ela: - Não, inergumeno.

Ele: Oxe, tá de Chico é ?

Ela: Não, jumento, to de mau humor, pega o telefone e pede: I FODA.

O homem machucadinho se vê as voltas com vários “folder´s” de comida delivery e olha em volta de sua casa, roupas espalhadas, casa desarrumada, a esposa trancada no quarto trabalhando e o belo exemplar de homem ali diante do que é a realidade de um casamento ou uma simples empresa onde o sexo não é mais com sentido, é com taxas e juros.

Ali quotas de amor...

A vida como ela é... Nelson, Nelson.

 

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

 

 

 

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