CIA AVALON

domingo, 21 de março de 2010



Amo o verbo que dela desprende
Bebo o néctar de sua genialidade
Os cães lhe lambem a boca
E ela sorri


Um corpo vasto
Repleto de desejos
Um corpo nu
Em pêlo e eletricidade


Gosto do jeito louco
Que ela me faz
Sei que ela me resume
Em suma é minha parte gêmea


Perdidas entre as esquinas
De uma vida louca
Somos a essência
Mítica da mulher


Ela é pura
Eu sou mundana
Trocamos de corpos
Nossas almas bailam entre o asfalto


No alto do castelo
De pedra e cimento
Curtimos o sol
Banhadas por nicotina e álcool


Ouvimos Cake
E gritamos pelos homens
Todos nossos
Em nossas pernas, nossos


O tesão alucina
E saimos pela São João
Rindo e fumando
Espalhando os exus e as lebaras


Seu rosto de menina
Minha face de anciã
Meu corpo satírico
Seu corpo de noviça


Fizemos amor
Na mente de uma criança
Torcemos o amanhã
Pra sugar-lhe o pólem do hoje


Quero terminar meu dia assim
Entre risadas e sorrisos
Entre a vodka e o kiwi
Pra sempre seremos nós.


No verbo e na vontade
No desejo e no asco
No lixo e no luxo
No sonho e na realidade


Te amo menina
E te entrego o que melhor tenho
A realidade crua
Nua, suja e vadia.

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