sábado, 25 de setembro de 2010
Em algum canto da cidade, te perdi
Te deixei
Te larguei
Sozinho
Como não fui
O que queria
Você me largou
Antes mesmo de me pegar
E o lirismo
Passou
Feito vento forte
E vadio
E fiquei olhando
Sem ação
Sem reação
Sem esperança
O sonho nasceu
Natimorto
E levou
O que não mais me pertencia
Na verdade
Jorrou a minha ingenuidade
Como um cuspe
Em minha face
Novamente
Decididamente
Resolutadamente
Diabolicamente
O destino
Vestiu
Suas vestes negras
E me apunhalou
Não uma
Nem duas
Mas milhares
E repetidas vezes
Como a me dizer
Que o meu olhar
Vagabundo
Só lança a rede num mar sem vida
Que idiota
Que tresloucada
Que pobre miserável
Sou eu
Hipócrita
Mentirosa
Descabida
Insensata
Desmiolada
Sem rumo e sem destino
Desfigurada pelo amor
Costurada pela dor
Desfeita em pedaços
Por um pobre diabo
Que de seu
Só tem o nome
Vá pro inferno
Doce querer
Vá pro inferno
Doce mentira
Suma
Já
Daqui
Desse corpo
Desse coração
Dessa alma
Que só quer paz
E sossego
Suma,imberbe.
Suma.
Volte pro teu mar
De pernas faiscantes
De auras luminosas
De pó fake
De palco e atuação
De mentira e enganação.
Maldito seja.
Para todo sempre.
Seja.
O que é: nada.
Ódio me consumindo
A veia
A alma
Tola. uma resumo objetivo dessa face deslavada que por ora vejo no espelho.
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