CIA AVALON

terça-feira, 5 de junho de 2012

No dia em que vi aquele olhar tímido e choroso, esqueci do tempo, do contexto e da realidade. Senti tanta ternura, por aquele ser pequeno e indefeso, parecia um bichinho, acuado.
Num instante seguinte meu olhar teimava em permanecer posto sobre você, como uma busca por respostas que nessa existência não teríamos.
A estranha sensação de pertencer, de saber, de conhecimento, é a certeza que acalma o coração aflito, as emoções que se flagelam conflituosas, torturante.
Tem o passado, tem o presente, mas não há o futuro.
Escrever é criar histórias, é imaginar situações, é vivenciar amores, dissabores e torná-los palavras, sentenças, frases.
É um exercício, um vício, um delírio. Só sente quem escreve, só sabe quem é. 
Clarice sabia, e dizia sempre: Escrever é como respirar. 
Escrever é o ópio de que me alimento diariamente, é minha terapia, meu prazer, meu tudo e meu nada.

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