CIA AVALON

sábado, 13 de fevereiro de 2010

As múltiplas faces que me abrigam, brigam entre si na frente do espelho.

Ora uma se contorce e se mostra sem maquilagem, ora outra sorri e mostra os dentes alvos e perfeitos, em um momento sou alegria e felicidade, e em dado segundo me transformo na dor e na agonia dos que amam sem motivo, passa-se o tempo e já sou calmaria depois da tempestade, e as máscaras vão caindo uma a uma, num desfile de carnaval fora de época.

Meu corpo é o mesmo, minha boca sorri preocupada com tantos arquétipos, com tantos "eus", e assim no desfile de mim mesma vou surgindo em cada bloco, em cada repique da bateria como um samba canção mal composto, uma letra confusa cheia de tons e toques psicodélicos. Entender-se e aceitar-se, faz parte de todo um enriquecimento do eu, viver com alegria diante dos fantasmas que moram em nós, eleva-nos a mero espectador de nossas ações hilárias perante o imprevisível, o que faremos quando nossa reprise passar no “Vale à pena ver de novo?” Prepare a pipoca, sente e ria comigo. Valerá a pena.

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