CIA AVALON

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Quando o olhar luminous, me alcança







" Quando o olhar luminous, me alcança

Gira em torno de mil décibeis

Ele ecoa em minhas células

E retumba em meus átimos "


Nunca sei ao certo como agir

Nunca fugi tanto de uma pele

Um toque sutil

Que ele tenta negar

Nega, nega ?

Nega que eu existo ?

Por quê ? Eu fiz tudo para estar contigo.

Larguei tudo por você

Abandonei o velho

Deixei minhas raízes

Meu chão, minha ancestral vida

E pra quê?

O que sou pra ti ?

Uma piada ?

Uma qualquer?

Uma puta da perifa?

Quanto desrespeito 

Quanta falta de reconhecimento

Fiz tudo para te proteger

Para te dizer

Te dei amor

Te dei Dinheiro

Te dei tempo

E te salguei a pele com o sal da verdade

E do que isso me valeu?

Meu mar não vale nada né?

Sou uma qualquer, né?

Tua beate louca que vale algo, né?

Chora muito, tá?

Chora mesmo

Eu morri por ti

Te dei ouro - te chamei de menino

Deus

Te dei mirra

Te dei dias e noites de amor

Fui verdadeira

Defendi teu trabalho

Te levei ervas, flores

Abdiquei de estar com os meus por ti

E pra quê, pequeno Curumin?

Pra quê?

Pra tu rir, né?

Aproveita o riso é lucro!


Autora: Priscila de Fátima Jerônimo





 

Nenhum comentário: