CIA AVALON

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O perfume

O doce perfume que um dia senti, vinha de uma jovem moça, branca, de cabelos encaracolados, mãos nervosas que se torciam, como que demonstrando sua ansiedade, ser nervosismo.
Fiquei de longe observando e pude perceber que ela dizia coisas a si mesma, baixinho, como se estivesse rezando e ou conversando com alguém.
Não havia ninguém ao lado dela, somente ela e mais ninguém, pelo menos eu não via o que ela via, pois parecia que realmente alguém estava ali...
Desejei chegar perto e perguntar: - Moça, está tudo bem ? 
Não tive coragem, fiquei sem ter como dizer alguma coisa, pois no momento que pensava em abordá-la, ela levantou rapidamente do banco onde estava sentada, chacoalhou a cabeça, balançou os cabelos, deu uns tapinhas de leve no rosto e disse: - Acorda, acorda, acorda. Isso é um sonho. 
E saiu, pisando firme e forte, com sua maluquice, seu olhar, suas mãos e principalmente seu perfume.
Fiquei encantado.
Eu não era mais o único ali.


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