CIA AVALON

sexta-feira, 28 de setembro de 2012



Hoje percebi que a benção que outrora julguei ser uma desgraça era pura e simplesmente: a espiritualidade a me acordar, a me tocar de uma forma dolorida e ruidosa, mas com toda a certeza a entrada desse fato e dessa pessoa em questão, mudaram a trajetória, a rota.

Ela não sabe e nunca saberá, que no fundo foi a peça que faltava para o meu despertar, para o meu desabrochar. Sou mulher, tinhosa e passional, como toda mulher. Entretanto tenho uma grande humanidade que pulsa dentro do meu peito, eclodindo diariamente em letras, em poemas, em textos em vida literária. E que sem dúvida alguma a presença dessa pessoa me conduziu ao término no que nunca foi e nunca seria o ideal para mim. Meu crescimento, minha evolução estavam estagnadas, como água podre, lodo puro.

Tinha deixado de ser quem sempre fui e passei a aceitar uma existência pela metade, sem medir a tal "felicidade", me joguei em algo que nunca frutificaria, nunca seria o que realmente merecia, pois ao invés de me conduzir ao crescimento, ao progresso, estava me sufocando, me matando por dentro.

Ao aceitarmos o que poderia ser o vislumbre da tal felicidade, ficamos nos contentando com o pouco, com o "menos", com o inferior, só pra poder dizer que vivemos algo, que fomos felizes em algum instante. Sim, a felicidade existiu, o amor até apareceu, as sensações de paz eram ilusórias e só sobrou um grande e profundo lamento, pois de tudo o que vivemos nada sobrou, nem mesmo amizade. 
Por quê até pra ser amigo é preciso se ter qualidade e nesse quesito a pessoa não gabaritou.
Uma pena. 

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