Não tenho dinheiro que lhe pague
Não tenho prestigio que lhe cause
Não tenho fama que lhe abrace
Mas ofereço-te meu verso
Mas dou-te meu sonho
Mas digo-te meu ideal
Se tua boca
Proferir palavras
Meu coração exprime sentimento
Se tua mão a pena desferir
Serei o papel em branco
Como uma obra inacabada
Como uma peça sem direção
Como um texto sem fim
Sou eu...
Sem a doçura de tuas mãos
Sem a delicadeza tão rude da tua voz
Sem a elucubração brilhante
Deste teu cérebro
Faço-me pequena
E me refaço em ti
Nos teus ensinamentos
Em tua semente
Sou-te solo fértil
Plante em mim o futuro de tua dinastia
Quero ser a boca que gritará teus verbos
Quero ser a extensão da tua obra nesta existência
Ensina-me a ser como tu
Pois em ti vejo “Sofia”
E nela quero estar!
Priscila de Fátima Jerônimo
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