CIA AVALON

quinta-feira, 4 de julho de 2013

ENSINA-ME


Não tenho dinheiro que lhe pague

Não tenho prestigio que lhe cause

Não tenho fama que lhe abrace





Mas ofereço-te meu verso

Mas dou-te meu sonho

Mas digo-te meu ideal



Se tua boca

Proferir palavras

Meu coração exprime sentimento

Se tua mão a pena desferir

Serei o papel em branco





Como uma obra inacabada

Como uma peça sem direção

Como um texto sem fim



Sou eu...

Sem a doçura de tuas mãos

Sem a delicadeza tão rude da tua voz

Sem a elucubração brilhante

Deste teu cérebro





Faço-me pequena

E me refaço em ti

Nos teus ensinamentos

Em tua semente



Sou-te solo fértil

Plante em mim o futuro de tua dinastia

Quero ser a boca que gritará teus verbos

Quero ser a extensão da tua obra nesta existência



Ensina-me a ser como tu

Pois em ti vejo “Sofia”

E nela quero estar!







Priscila de Fátima Jerônimo



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