CIA AVALON

quinta-feira, 19 de maio de 2011



Quando parei de contar as horas, o tempo deixou de ter importância e passei a ter momentos sem horas, sem minutos e sem segundos...Gostei de te olhar ontem, mas não por olhar e sim por ser eterno, não há nada mais sagrado do que parar e ver, sentir, ouvir...Eu amava você e não enxergava o quão havia perdido de mim mesma nessa poça que chamava de amor.


Os poucos segundos de razão que me restaram foram torcidos e postos para secar, não havia sol e úmidos estariam meus pensamentos racionais se acaso não tivesse a secadora da mágoa e da raiva para me impulsionar a partida. Como uma máquina velha e sem uso, me sentia usada e totalmente esquecida logo em seguida, julgava que era amor, que havia uma razão superior para toda aquela rejeição, toda aquela ausência e nada me desestimulava de vivenciar aquilo, o medo, a derrota e a insuficiência de sentir – de amar – de se entregar...É como uma ferida que sangra mas não dói realmente – entretanto mata e como mata.

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